domingo, 6 de setembro de 2020

CANTORAS BRASILEIRAS: 10 GRANDES NOMES DA MÚSICA NACIONAL

 CHIQUINHA GONZAGA


Por muito tempo, a mulher só apareceu na música pelos olhos masculinos. Foi um longo processo até que elas conquistassem seu espaço nas letras e nos palcos. A primeira mulher profissional da música no Brasil foi Chiquinha Gonzaga, que inventou o gênero marchinha de carnaval lá em 1899. Depois dela, o número de mulheres ajudando a construir vários estilos musicais foi se tornando cada vez maior. Aliás, existem várias mulheres incríveis na nossa música que todo mundo precisa conhecer! Que tal relembrar mais cantoras brasileiras antigas que marcaram para sempre a história da música? Com estilos às vezes semelhantes, às vezes muito diferentes, cada uma delas tem seu lugar de destaque. Elas deixaram marcas que fazem da música brasileira o que ela é hoje!

ELIS REGINA


Nasceu em Porto Alegre, em 1945. Começou a cantar nas rádios ainda adolescente, se inspirando nas grandes musas da época. Apesar de suas influências terem vindo da bossa nova e das cantoras do rádio, Elis criou um jeito novo de interpretar e ficou conhecida pela carga emocional que colocava nas músicas. Ela interpretou e consagrou canções de compositores que na época ainda não eram famosos, como Belchior, Milton Nascimento, Ivan Lins e Renato Teixeira. Sua parceria com Tom Jobim rendeu vários trabalhos marcantes, como a música Águas de Março, que ficou famosa dentro e fora do Brasil. Elis recebeu 5 vezes o Troféu Imprensa de melhor cantora e foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone em 2013. Ela ajudou a fundar o que hoje conhecemos como MPB, sendo a primeira mulher a se destacar nos festivais de música popular.

GAL COSTA


Nasceu no mesmo ano que Elis, mas no outro extremo do país, lá em Salvador. A música sempre esteve presente em sua vida: ela chegou até a trabalhar como balconista em uma loja de discos. Ao lado de nomes como Caetano Veloso e Maria Bethânia, Gal ajudou a construir o cenário da música na Bahia. Transitando entre bossa nova, samba, música psicodélica e MPB, teve participação importante no movimento tropicalista e ficou conhecida como musa da tropicália. Gal desafiou os padrões conservadores sobre a mulher na década de 60, abusando de sua sensualidade. Além disso, ela também desafiou os padrões da própria MPB ao misturar a sonoridade do rock em algumas de suas músicas. Seu primeiro grande sucesso foi Baby, composição de Caetano Veloso, que se tornou um clássico da música brasileira.

BETH CARVALHO


Ficou conhecida como madrinha do samba por ter ajudado a revelar grandes nomes do estilo, como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. Nascida no Rio de Janeiro em 1946, ela começou a carreira na música como professora de violão. Beth quebrou barreiras no samba e ajudou o estilo tradicionalmente brasileiro a crescer e se espalhar pelo mundo. Ela fez shows em diversos países e chegou a representar o Brasil na Olimpíada Mundial da Canção, em Atenas, Grécia. Seu primeiro grande sucesso foi Andança, apresentada no Festival Internacional da Canção de 1968, e até hoje é uma de suas músicas mais ouvidas. Com problemas de saúde, a cantora chegou a se apresentar deitada e cumpriu seu compromisso de cantar até o fim — Beth Carvalho faleceu no dia 30 de abril de 2019, deixando uma extensa obra cheia de sucessos.


MARIA BETHÂNIA


É de Santo Amaro, no interior da Bahia. Ela se mudou para Salvador para estudar e foi lá que começou sua carreira nos palcos, se apresentando ao lado de outros artistas iniciantes, como Gal Costa e Gilberto Gil, e de seu irmão Caetano Veloso. Foi em uma dessas apresentações que ela conheceu Nara Leão, na época já um grande nome da bossa nova. Quando Nara precisou se afastar do espetáculo Opinião por problemas de saúde, convidou Bethânia para assumir seu lugar — de cara, a cantora já interpretou seu primeiro sucesso, a música Carcará. Maria Bethânia ganhou destaque no começo de sua carreira por ter uma voz forte e imponente. Além disso, ficou conhecida por questionar os padrões de beleza da época, se apresentando com os cabelos soltos e volumosos, roupas largas e pés descalços.


ALCIONE


Filha de um professor de música, Alcione aprendeu a tocar trompete e clarinete aos 9 anos de idade. Aos 12, a sambista já se apresentava profissionalmente em São Luís, sua cidade natal. Se formou professora por exigência do pai, mas logo em seguida se mudou para o Rio de Janeiro para se dedicar à carreira musical. A rainha do samba é dona de vários grandes sucessos, como Meu Ébano. A música Não Deixe o Samba Morrer, composta por Edson Conceição e Aloísio Silva e gravada por Alcione em 1975, virou um clássico do samba e já foi regravada por vários artistas. Em uma entrevista recente, questionada sobre os diferentes discursos sobre a mulher que suas músicas trazem, Alcione afirmou que todas essas mulheres existem em algum lugar, que cada uma delas tem uma história diferente e que a vida tem espaço para todas elas.


ELZA SOARES


Teve que se casar aos 12 anos de idade, passou fome, viu quatro filhos morrerem e teve uma filha sequestrada que ficou anos desaparecida. A cantora também teve sua casa atacada durante a ditadura militar e precisou passar seis anos fora do Brasil. Com tantos dramas, a música e a história de Elza foram vistas por muito tempo como sinônimo de sofrimento, até que ela decidiu mudar de vez essa imagem. Com voz e postura imponentes, ela se mostrou uma mulher forte e empoderada, disposta a usar sua imagem para encorajar outras mulheres. Hoje, ela canta sobre feminismo e sobre preconceito racial, entre outras questões sociais. Sua música Mulher do Fim do Mundo foi tema da série brasileira 3%, e é hoje uma de suas canções de maior sucesso.


RITA LEE


Desde o início de sua carreira, Rita Lee cantou sobre temas inéditos envolvendo a feminilidade e o papel da mulher, e usou suas músicas para homenagear outras mulheres icônicas da história brasileira, como Luz del Fuego, Patrícia Galvão e Leila Diniz. Ela alcançou a fama como vocalista da banda Os Mutantes no fim da década de 60, mas foi em carreira solo que se consagrou como rainha do rock. Rita se aposentou dos palcos em 2012, aos 65 anos de idade, e afirma que agora está lidando com o maior tabu feminino da atualidade: o envelhecimento. Agora Só Falta Você foi um dos singles do álbum Fruto Proibido, lançado em 1975 e até hoje considerado um dos maiores marcos na história do rock nacional.

ELBA RAMALHO


Começou a carreira musical como baterista. Nascida na Paraíba, ela se mudou para o Rio de Janeiro para investir na música, mas acabou se tornando atriz de teatro. Viveu da atuação até o fim da década de 70, quando sua carreira musical finalmente começou a emplacar. Hoje ela é bicampeã do Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional. Elba Ramalho foi responsável por ajudar a disseminar a música nordestina por todo o Brasil. Bate Coração foi um de seus primeiros sucessos a entrar nas paradas musicais e ainda é uma de suas músicas mais ouvidas.

FAFÁ DE BELÉM


Ficou conhecida por todo o Brasil em 1975, quando sua música Filho da Bahia fez parte da novela Gabriela. Antes disso, ainda adolescente, ela fugia de casa para se apresentar escondida dos pais nos bares de Belém. Fafá participou ativamente do movimento Diretas Já, se apresentando gratuitamente nas passeatas. Foi nessa época que sua interpretação do Hino Nacional Brasileiro ficou famosa. Uma de suas músicas mais ouvidas é Vermelho, que ela usa como uma homenagem à Amazônia e aos povos indígenas.

CÁSSIA ELLER


Mais uma cantora da lista que nos deixou antes da hora, Cássia Eller foi um ícone do rock brasileiro. Antes do sucesso, ela trabalhou em duas óperas de Brasília como corista, tocou samba e cantou em um grupo de forró. Cássia se mudou sozinha para Belo Horizonte aos 19 anos, e seu primeiro emprego na capital mineira foi como servente de pedreiro, além de cantar nos barzinhos, é claro. Sua carreira decolou em 1989, depois que ela gravou uma versão da música Por Enquanto, composição de Renato Russo. Com sua postura intensa no palco, ela interpretou canções de grandes compositores, como Cazuza, Chico Buarque e Nando Reis, com quem teve uma parceria de muito sucesso. Apesar de suas várias músicas famosas, não dá pra falar em Cássia Eller sem lembrar de Malandragem. Essas são algumas das mulheres que marcaram a história da música brasileira. Gostou do texto? Que tal ouvir um pouquinho mais de MPB?

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

OS SHOWS INTERNACIONAIS CONFIRMADOS EM 2020 NO BRASIL


O calendário de shows internacionais que passarão pelo Brasil no ano que vem já está formando uma lista impressionante de artistas, que passa por diversos gêneros, desde o metal até o mais puro pop. Para facilitar a busca, compilamos abaixo a lista com as atrações já oficializadas, que será atualizada de acordo com novas confirmações. 

BLACK FLAG - MARÇO:



O show do Black Flag que estava programado para acontecer em São Paulo em julho de 2019 passou para março de 2020. O grupo, que traz apenas Greg Ginn da formação original, se apresentará no Carioca Club no dia 8, e os ingressos estão disponíveis através do site Pixel Ticket.

BACKSTREET BOYS - MARÇO: 


O Backstreet Boys retornará ao Brasil com a DNA World Tour, que divulga o seu último álbum, DNA, seu décimo disco e décimo trabalho a entrar nos Top 10 dos EUA - leia a crítica de DNA. A boy band se apresentará em março em três cidades do Brasil: Uberlândia, no dia 11, na Arena Sabiazinho, Rio de Janeiro, no dia 13, na Jeunesse Arena, e São Paulo, dia 15, no Allianz Parque. Os ingressos estão à venda no Ingresso Rápido.

THE HELLACOPTERS - MARÇO:


A banda sueca The Hellacopters voltará ao Brasil pela primeira vez em 16 anos, apresentando hits de toda sua carreira incluindo o seu último álbum, Head Off, lançado em 2008.  O grupo se apresenta no Fabrique Club no dia 14 de março, e os ingressos estão disponíveis no Grupo do Ingresso.

SAMMY HAGAR & THE CIRCLE - MARÇO:




O ex-vocalista do Van Halen, Sammy Hagar, e a sua banda The Circle, formada pelo baixista Michael Anthony, o baterista Jason Bonham e o guitarrista Vic Johnson, confirmaram passagem pelo Brasil em março. A apresentação do grupo será marcada por hits do Van Halen e toda carreira do vocalista, e ainda alguns clássicos do Led Zeppelin, se aproveitando do filho de John Bonham na banda. Os shows acontecem no Rio de Janeiro, no dia 18 de março, no Vivo Rio, em Porto Alegre, no dia 20, no Pepsi on Stage, e em São Paulo, dia 22, no Espaço das Américas. Os ingressos estão disponíveis no site Freepass.

MAROON 5 - MARÇO:


O Maroon 5 trará a sua turnê ao Brasil em março de 2020. A banda tocará em São Paulo em 1º de março, no Allianz Parque, em Brasília, no dia 3, no Estádio Mané Garrincha, no Recife, no dia 5, no Esplanada do Classic Hall, e no Rio de Janeiro, no dia 7, na Área Externa da Jeunesse Arena. Ingressos estão disponíveis através do site Eventim.

MCFLY - MARÇO:


A turnê de reunião do McFly virá ao Brasil para sete shows que acontecerão em março. Os shows acontecem entre 19 e 29 de março em Uberlândia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Ingressos e mais informações estão disponíveis no Tickets for Fun.

METALLICA COM GRETA VAN FLEET - ABRIL:




O Metallica passará pelo Brasil em abril, tocando em quatro cidades brasileiras e trazendo o Greta Van Fleet como banda de abertura. Divulgando o último álbum, Hardwired... to Self-Destruct, o grupo se apresenta em Porto Alegre (21 de abril), Curitiba (23 de abril), São Paulo (25 de abril) e Belo Horizonte (27 de abril).  Os ingressos estão disponíveis no site Eventim.

LOLLAPALOOZA - ABRIL:


O Lollapalooza ainda não divulgou o seu line-up, mas o festival que acontece em São Paulo em 3, 4 e 5 de abril geralmente reúne nomes de diferentes pesos e gêneros. As especulações até agora são que The Strokes e Guns N' Roses estejam entre os headliners.  A venda de ingressos para o Lollapalooza já está disponível no site oficial do evento.

KISS - MAIO:


O Kiss fará seis apresentações no país em maio de 2020, nas cidades Porto Alegre (12 de maio), Curitiba (14 de maio), São Paulo (16 de maio), Ribeirão Preto (17 de maio), Uberlândia (19 de maio) e Brasília (21 de maio). Os ingressos para as apresentações em São Paulo, Ribeirão Preto e Uberlândia estão disponíveis no site da Ingresso Rápido, enquanto as demais estão no site Uhuu.

NIGHTWISH - MAIO:


O Nightwish retornará ao Brasil em maio para apresentar um álbum novo, que ainda não teve detalhes revelados. O sexteto, atualmente formado com a vocalista Floor Jansen, passará por São Paulo no dia 9, no Espaço das Américas, e pelo Rio de Janeiro, no dia 10, no Vivo Rio.  Ingressos para a apresentação em São Paulo estão à venda na Ticket 360 e para o show no Rio de Janeiro ingressos estão disponíveis através do Eventim.

BILLIE EILISH - MAIO:


A nova sensação do pop alternativo, Billie Eilish confirmou duas datas no Brasil, onde se apresentará em estádios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Trazendo a turnê Where Do We Go?, a cantora divulga o seu primeiro álbum, When We All Fall Asleep, Where Do We Go? Os shows acontecem em São Paulo, no dia 30 de maio, no Allianz Parque, e no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio, na Jeunesse Arena. Os ingressos estarão à venda no site Eventim.

TAYLOR SWIFT - JULHO:


A Taylor Swift finalmente anunciou a sua primeira vinda ao país, para um show único que acontecerá em São Paulo, em 18 de julho, no Allianz Parque. Na data, a cantora trará a turnê de seu novo álbum, Lover, mas não deve deixar de fora hits de seus maiores discos. Os ingressos entram em pré-venda em 22 de outubro e a venda geral começará no dia 25, através do Tickets For Fun.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

AEROSMITH ARREBENTA NO GRAMMY COM RUN - DMC


O Rock esteve presente na última edição do Grammy Awards, que aconteceu neste domingo (26), graças ao Aerosmith.

A banda foi uma das atrações da noite celebrando sua carreira com dois hits bastante conhecidos do público. Além de tocar “Livin’ on the Edge”, canção de 1993, o grupo de Steven Tyler também relembrou a ótima “Walk This Way”.

O Run-DMC se uniu aos caras no palco e ainda homenageou Kobe Bryant, lendário jogador de basquete que morreu na manhã deste domingo. Os membros entraram no cenário com a camisa 24 dos Lakers, na qual Bryant se aposentou.

Ainda durante a apresentação, Tyler cantou um trecho da música com Lizzo, cantora que saiu vitoriosa da premiação, e mandou um “I fuckin’ love you!” pra ela.

Assista ao vídeo abaixo!