segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A INFLUÊNCIA E IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA VIDA INFANTIL


O voo dos pássaros, a chuva caindo, o vento na janela, portas e gavetas abrindo e fechando. Desde cedo os sons e ritmos exercem uma forte atração sobre nós, podemos notar isso nitidamente quando vemos bebês, que nem se quer aprenderam a falar, movimentando o corpo e tentando cantarolar quando escutam música ou então como eles prestam atenção nos sons ao seu redor.

A música no dia a dia, tem o poder de acalmar e disciplinar uma criança, portanto facilita a aprendizagem, seja ela formal ou no âmbito familiar. A musicalização na educação infantil desperta o gosto musical, sensibilidade, criatividade, concentração, imaginação, memória, socialização e ritmo.

O contato com instrumentos musicais, ritmos do mundo, dança (lembrando que o movimento corporal está muito conectado à música), proporcionam momentos de expressão e comunicação. Por ter um caráter lúdico e expressivo, as atividades realizadas com músicas na escola auxiliam na desinibição das crianças, contribuindo assim para sua interação no meio social.

Outro ponto interessante é mostrar para as crianças a diversidade de estilos e gêneros musicais existentes ao redor do mundo, pois assim eles poderão comparar as diferenças e semelhanças de estilos de um local para o outro, além de conhecer instrumentos musicais diferentes dos utilizados em seu pais. Colocar os alunos em contato com o maior número de gêneros musicais expandirá seu universo musical.

Procure oferecer às crianças essa vivência, pois isso fará com que elas possam aprender a escutar com atenção obras musicais, distinguir diferentes sonoridades e apreciar a beleza dos sons. Além de contribuir para a formação musical dos pequenos, essa é uma ferramenta de ensino que proporciona respeito e reflexão, valores muitos importantes na vida.

A Musicalização na Educação Infantil

· Aguçar o senso rítmico e a percepção visual

· Ampliar ou desenvolver o gosto pela música

· Trabalhar a coordenação motora

· Desenvolver a sociabilidade e afetividade

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil aborda a importância de trabalhar com Artes em suas diferentes linguagens, dentre elas a música. Assim, tratando-se da música, o enfoque concentra-se na musicalização e não em educação musical. A partir da musicalização, pretende-se viabilizar a vivência e a reflexão sobre as questões musicais, por meio da expressão e sensibilização, com a perspectiva de que o indivíduo desenvolva habilidades, formule hipóteses e elabore conceitos sobre a música.

A abordagem demonstra ser muito significativa para o desenvolvimento dos estudantes, como forma de conhecimento e expressão ao alcance de bebês e crianças, assim como também atua na inclusão daquelas que apresentam necessidades especiais (BRASIL, 1998). O processo de construção do conhecimento envolvendo musicalização favorece o desenvolvimento afetivo da criança e aumenta a atividade cerebral. Sendo assim, melhora seu desempenho, proporcionando avanços relacionados à sensibilidade, à criatividade, ao senso rítmico, à imaginação, à memória, à concentração, à atenção, à autodisciplina, ao respeito ao próximo, à socialização e à apreciação musical.

Além disso, corrobora em uma efetiva consciência corporal e motora, favorecendo a integração social do sujeito (BRÉSCIA, 2003). Por não se caracterizar como um ser estático, a criança interage durante todo o tempo com o meio. A música tem o caráter de promover essa interação, pois carrega em si emoções, ideologias e histórias que muitas vezes se identificam com as de quem ouve (GONÇALVES et al., 2009). 

Assim, a música demonstra ser de grande relevância na Educação Infantil. Portanto, observa-se que é muito importante considerar o seu uso nas atividades de expressão física e com brinquedos, nos exercícios de ginástica e rítmicos, nos jogos e nas rodas cantadas. Essa prática possibilita o desenvolvimento da linguagem corporal, em uma organização temporal, espacial e energética. A principal comunicação da criança ocorre por meio de sua expressão corporal e, cantando, ela é seu próprio eu, seu próprio instrumento (ROSA, 1990).

A vivência musical integra experiências em torno da prática e percepção, por meio do desenvolvimento e compreensão de brincadeiras que incluem ouvir, cantar, realizar jogos e/ou brincar de roda. A partir disso, as crianças começam a dominar tais conteúdos, o que permite uma transformação e recriação dos componentes das atividades citadas. O trabalho com a música também contempla a movimentação corporal, pois o som é uma onda que, ao se propagar e ser recebida pelo indivíduo, é interpretada pelo seu corpo e integrada em forma de gesto. Os movimentos de locomoção, os quais envolvem saltitar, galopar, correr, entre outros, e os de flexão, como balanceio, torção, estiramento, fazem relação direta com os diferentes gestos sonoros (BRASIL, 1998).

O conhecimento da linguagem musical por meio da musicalização, de acordo com Barreto (2000), se constrói com base em vivências e reflexões orientadas, as quais proporcionam o desenvolvimento da sensibilidade à música. Esse, por sua vez, ativa o desenvolvimento cognitivo, que favorece a construção significativa dos conhecimentos, equilibrando o terreno das emoções e estimulando as várias áreas cerebrais, o que melhora a concentração, memória, coordenação motora, socialização, acuidade auditiva e disciplina.

Em consonância, Bréscia (2003) diz que a música na vida das pessoas favorece melhorias na concentração e eleva o desempenho na aprendizagem de matemática, leitura e demais habilidades linguísticas. De acordo com o exposto por Snyders (1997), nota-se que a música não deve se fechar em seu próprio campo, sendo importante sua intervenção na interdisciplinaridade, de forma que sua colaboração possa repercutir positivamente. O trabalho em comum envolvendo outras áreas, tais como linguagem, matemática, movimento, artes visuais, natureza e sociedade é de grande relevância, uma vez que a partir da participação e contribuição delas, ocorre a ampliação da possibilidade de atingir resultados satisfatórios na instituição de ensino.

No contexto contemporâneo, o estímulo visual se sobrepõe aos auditivos de maneira implacável, e esses com o qual se convive se resume em uma quantidade exorbitante de ruídos. Com isso, a condição do desenvolvimento auditivo diminui. A escola tem o papel fundamental de desenvolver a escuta sensível e ativa nas crianças. Em razão disso, se faz necessário um trabalho que explore o universo sonoro, proporcione situações em que ela ouça com atenção, analise, compare e busque identificar diferentes fontes sonoras. Com a viabilização da proposta de musicalização, a criança estará ampliando sua capacidade auditiva, exercitando a atenção, concentração e a capacidade de análise e seleção de sons.

Dessa forma, torna-se possível identificar a importância das escolas em desenvolver seu trabalho visando à equidade, a fim de que todas as crianças, independente dos estímulos que recebem em virtude do ambiente sociocultural de que provenham, possam ter a oportunidade e condições para se educarem musicalmente (MARSICO,1982). Sobre a abordagem musical na escola, Gainza (1988) afirma que ela tem o objetivo de contribuir com a formação integral do ser, e não efetivamente formar músicos.

As propostas visam ao entendimento da linguagem musical por meio da vivência, favorecendo a abertura de canais sensoriais, os quais viabilizam a expressão de emoções, que por sua vez contribuem para a ampliação da cultura geral de forma prazerosa. A autora ainda informa que a musicalização pode contribuir com uma série de benefícios para a saúde, como, por exemplo, a prevenção de doenças, já que proporciona o alívio de tensões decorrentes da instabilidade emocional e fadiga. Além disso, por meio do estímulo musical e sonoro, a comunicação e descarga emocional promovem processos de expressão e, tratando-se do mental, oferece situações que contribuem para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão.


Segundo Penna (1990), a musicalização é um momento da educação musical no qual o indivíduo, por meio da vivência sonora, poderá construir conceitos que possibilitem a absorção das estruturas musicais enquanto elementos de uma linguagem. Tal trabalho desenvolve instrumentos de percepção importantes, a fim de que a pessoa seja sensível à música e possa absorvê-la, recebendo o material sonoro ou musical relacionado e articulado com suas experiências acumuladas e compatíveis com os esquemas de percepções desenvolvidas.

Dicas

Filmes

Escola de Rock

Quase Famosos

Sem Rumo

O Som do Coração

Whiplash - em Busca da Perfeição

Encruzilhada

Detroit, a cidade do Rock

Gonzaga, de Pai Para Filho

Amadeus

Entre Outros

Filmes de Dança – Ritmos

Dirty Dancing

Salsa


Flash Dance

Os Embalos de Sábado a Noite

O Cisne Negro

Entre Outros

Filmes Musicais

Os Miseráveis

Aquarius

Evita 

La La Land

A Noviça Rebelde

Entre Outros

Séries

Glee

Empire

Dance Academy

Backstage

Star

Entre Outros

Livros

Kill Your Friends



segunda-feira, 5 de agosto de 2019

RITMOS MUSICAIS MAIS CONHECIDOS NO BRASIL

Axé: Também chamado de samba reggae, o ritmo surgiu na década de 1980 em Salvador, na Bahia, nos carnavais de rua. Para acompanhar as novas batidas de samba e os sons que surgiam a cada ano, os blocos foram incrementando cada vez mais as suas coreografias, mistura frevo pernambucano, ritmos afro brasileiros, reggae, merengue forró, maracatu afro latinos.


Calango: Dança de Minas Gerais, em passos de samba ou tango, na qual se destaca um cantador que faz quadras de improviso, seguidas de um refrão cantado por todos os presentes.


Carimbó: Dança de roda ao ritmo do reco-reco, do pandeiro e do carimbó, um atabaque de cerca de um metro de comprimento, cavado num tronco. Nesta dança, uma bailarina se coloca no centro da roda e, com movimentos rápidos e trejeitos, procura encobrir o parceiro mais próximo com sua ampla saia. Se não consegue, cede lugar a outra. É típica da ilha de Marajó e do Nordeste em geral.


Cateretê: Remonta à época colonial, tendo surgido na zona rural do Sul do país. Duas colunas de homens sapateiam e batem palmas ritmadas, comandadas por um violeiro. Também é conhecido como catira.


Choro: O choro é um gênero musical genuinamente carioca. Em meados do século XIX, músicos amadores começaram a formar conjuntos baseados no violão e no cavaquinho. Com o tempo, a flauta foi admitida. O trio de instrumentos deu origem ao choro.


Chula: Dança típica do Rio Grande do Sul, com origens portuguesas. À base de sapateado, ela exige habilidade no corpo e força física nos pés.


Ciranda: Dança de roda para crianças. Mas no interior paulista também é um bailado de adultos, que termina em duas rodas de pares, os homens na de dentro e as mulheres na de fora.


Coco de Roda: O coco, dança típica das regiões praieiras do Nordeste, tem uma forte influência dos batuques africanos. Ele é guiado por um canto e por palmas rítmicas dos componentes, ganzá e cuícas. Na coreografia, existem também as marcações dos bailados indígenas dos tupis. O coco nasceu como um folguedo da época junina, mas é dançado também em outras épocas do ano.


Dança do Boi: Foi a resposta dos estados do Norte para o sucesso do axé, embora já fosse executada pelos povos nativos da região há pelo menos um século. Procura retratar alguns elementos da natureza, entre eles os animais. Os movimentos de braços e quadris e as coreografias peculiares a cada tipo de música são as marcas registradas desta dança. O grupo Carrapicho foi o responsável por sua popularização.


Forró: O forró surgiu no início do século XX nas casas de dança das cidades nordestinas. Existem três estilos, marcados pelo som de zabumbas, triângulos e sanfonas. O xote, de origem europeia e ideal para os iniciantes, é mais lento; consiste em dar dois passos (pulinhos) para um lado e dois para o outro.

O baião é o mais rápido e exige um pouco de deslocamento. Ele foi criado no final da década de 1940 por violeiros que queriam recuperar o lundu, ritmo africano que fez sucesso no Brasil no século XVIII.

No xaxado, os movimentos são marcados por um dos pés batendo no chão. Sobre a origem do nome, existem duas versões. Segundo o escritor, crítico musical e historiador José Ramos Tinhorão, a palavra "forró" vem de "forrobodó", que significa "confusão", "bagunça".

A outra versão conta que durante a Segunda Guerra, os Estados Unidos instalaram uma base militar em Natal, no Rio Grande do Norte. Quinze mil soldados americanos influenciaram a vida da população da cidade, com seus costumes e eletrodomésticos.

Dizem que esses locais em que havia bailes eram conhecidos como "for all" ("para todos", em inglês). A população, no entanto, pronunciava "forrol", que virou "forró".


Fricote: O som lembra o da lambada, mas a marcação do ritmo se destaca mais; tem mais batucada e menos teclado, além de sopros, fraseados musicais típicos da América Central. Não se dança de corpo colado. O fricote nasceu no Nordeste.


Gafieira: Apareceu na década de 1920, nos salões cariocas de dança. Esses lugares eram conhecidos como gafieiras, palavra que vem de gafe (segundo os mais tarimbados, muitos frequentadores dançavam de qualquer jeito, cometendo uma série de gafes). O ritmo é uma mistura de samba e de chorinho.


Lambada: Inspirada no carimbó, dança folclórica do Pará, a lambada surgiu na década de 1970 e fez grande sucesso na Bahia. Sofreu influência de vários ritmos como o zouk (dança típica das Antilhas francesas), a salsa e o merengue, entre outros ritmos caribenhos. O grupo Kaoma, depois de uma consagradora temporada na Europa, no final da década de 1980, fez o país inteiro dançar de pernas coladas.


Lundu: De origem angolana e influência hispano-árabe, o lundu é uma atração da ilha de Marajó. Trata-se de uma dança extremamente sensual, que esteve perto de desaparecer porque era considerada um "diabólico folguedo" de escravos.


Maxixe: Os inventores do choro importaram, em 1844, um ritmo de sucesso na Europa, a polca tcheca, mas não a mantiveram tal e qual. O maxixe surgiu nos salões cariocas por volta de 1875. A execução dessa dança cheia de malícia é difícil. Nos tempos da República Velha, os casais se balançavam para a frente e para trás, de barriga colada, aos acordes de Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha.


Pagode: Baseando-se no samba, o carioca criou a gafieira e o paulistano inventou o pagode. É uma reunião com muita música, dança e comida, que aparece pela primeira vez em 1873. Mas ela ficou esquecida, só voltando com força em 1980, durante as reuniões de boteco ou de fundo de quintal. Os ritmistas se encontravam para fazerem uma sambinha cadenciado e sempre havia aqueles que ensaiavam alguns passinhos a dois.


Partido Alto: Roda de samba na qual se distingue um dançarino solista. A música tem um refrão que é repetido por todos a cada quadra improvisada. Ganhou destaque principalmente no Rio de Janeiro, para onde foi levado por negros da Bahia.


Samba: A palavra é de uma língua africana chamada banto, falada na Angola. Deriva ou do termo "samba" (bater umbigo com umbigo), ou de "sam" (pagar) e de "ba" (receber). Nas antigas rodas de escravos se praticava a umbigada, dança em que dois participantes davam bordoadas um no baixo-ventre do outro. O Dia Nacional do Samba é comemorado em 2 de dezembro.


Xaxado: Bailado em que os dançarinos formam fila indiana e dançam em círculo. Movimentos: sapateiam-se três a quatro vezes com o pé direito, deslizando-se em seguida o esquerdo, ao som da zabumba. Foi popularizado pelos cangaceiros de Lampião, que o dançavam para comemorar vitórias. Típico do interior pernambucano.


Funk: O funk é um estilo musical que surgiu através da música negra norte-americana no final da década de 1960. Na verdade, o funk se originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida) marcante e dançante. No início, o estilo era considerado indecente, pois a palavra “funk” tinha conotações sexuais na língua inglesa. O funk acabou incorporando a característica, tem uma música com um ritmo mais lento e dançante, sexy, solto, com frases repetidas.

O derivado do funk mais presente no Brasil é o funk carioca. Na verdade, essa alteração surgiu nos anos 80 e foi influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami que dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os bailes funk começaram a atrair muitas pessoas. Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo sentido. O funk carioca é bastante popular em várias partes do Brasil e inclusive no exterior, chegou a ser uma das grandes sensações do verão europeu em 2005.


Outros Ritmos Musicais ao Redor do Mundo

· Música Pop


· Fado


· Tango


· Reggae


· Country


· New Age


· Eletrônica


· Folclórica


· Zouke


· Kuduro


· Zumba


· Zarzuela


· Música Clássica