Primeiramente vou esclarecer como eu conheci o Kaká. A primeira vez que o vi, não foi no melhor dia da minha vida, pelo contrario, era um dia muito triste e chato de se estar vivendo naquele momento. Foi no dia da missa de 7º dia do Maestro, Andre Matos...
Fomos apresentados na saída da igreja, por amigos em comum, ali fãs reunidos se consolavam com a dor que nos tomava por completo, com a perda repentina do Andre. Ficamos um pouco mais, após o encerramento da missa. Tentando buscar formas de fazer mais homenagens ao ídolo tão estimado, e então resolvemos soltar a voz ao entoar “Innocence – Shaman”.
Ual tamanha minha surpresa quando o Kaká cantou e soltou a voz! Eu já havia recebido alguns vídeos dele cantando, ou visto algo pelo facebook, mas confesso nada que eu tivesse dado muita importância, ate mesmo pelo fato de não conhece-lo.
Após esse encerramento fomos em um pequeno grupo de amigos mais chegados, almoçar juntos, e relembrar as coisas e lembranças boas sobre o Andre, o Kaká estava nesse grupo. Então passamos ali algumas horas conversando nos conhecendo confraternizando dividindo lembranças e momentos. E assim vim a conhecer sobre seu trabalho como musico, estivemos em um grupo de amigos no WhatsApp, ao qual no dia a dia trocávamos brincadeiras, papos animados, e links de musicas, vídeos etc.
O Kaká sempre enviava links dos trabalhos que desenvolvia, e eu comecei então a assistir seus vídeos de musicas covers e pensava comigo “Ele deveria ter algo próprio”, mas nunca comentei, ate que comecei a receber links ou vídeos do seu trabalho pessoal, e me encantei quando chegou pra mim, sobre seu trabalho com este EP “Tupã – Terra Nova”. Eu tive vontade de saber mais, e preparei a entrevista a seguir, assim eu e você podemos conhecer mais deste talento que estou vendo surgir:
NOME ARTISTICO?
Kaká Campolongo
DATA DE NASCIMENTO?
13/07/1988 (canceriano, estava na cara)
COMIDA PREFERIDA?
Fico entre Pizza e Strogonoff, difícil decidir kkk
BEBIDA?
Soda Limonada
MÚSICA PREFERIDA DE TUPÃ?
Difícil escolher entre um de seus filhos (sim considero cada música, cada composição, como um filho) gosto de todas, cada uma tem algo em especial. Adoro a introdução de “Terra Nova”, o solo da “Filho da Liberdade”, o peso na “Tupã”, o refrão de “Espelho D’água” e a melodia de “7 Sinais”, então vou responder de acordo com o feedback que tenho recebido nos últimos dias, e a preferida da galera que tem vindo falar comigo é “Espelho D’água”.
SUAS BANDAS PREFERIDAS?
Iron Maiden, Angra, Shaman, Helloween e Dream Theater. Meu Top 5, mas com certeza, poderia ficar falando horas sobre a quantidade de música que consumo, inclusive fora do rock/metal.
O QUE FAZ NAS HORAS VAGAS COMO APROVEITA A VIDA?
Não tenho tido muitas horas vagas, mas sempre que posso, gosto de jogar vídeo game, escrever, compor, e música faz parte de todos estes momentos, eu respiro música, estou ouvindo música neste exato momento, enquanto respondo essas perguntas.
SEUS PLANOS FUTUROS COM O DISCO?
Acabei de lançar o EP nas plataformas digitais, mas é uma vontade muito grande ter o disco em mídia física também. É um trabalho 100% autoral, onde compus todas as musicas, todas as letras, gravei guitarras, baixo, teclados, vozes, compus a bateria, fiz todo o arranjo e inclusive a produção, criei o logo, a capa, e tudo em uma maratona de 16 dias, no período de férias. O EP estava engavetado desde dezembro de 2016, masterizei em 2017, e só agora consegui lançar. Então tenho muito carinho por este trabalho, e espero poder colocá-lo na estrada em breve.
SUA OPINIÃO SOBRE AS BANDAS AUTORAIS DE MODO GERAL?
Há inúmeras bandas ótimas que fazem som autoral e nadam todos os dias contra a maré, enfrentam a falta de oportunidade do mercado fonográfico que pouco ou nada investe no estilo, buscam cada dia um espaço que praticamente inexiste, o foco do público e da cena em geral, acaba sendo as bandas covers, ou apenas os grandes nomes. Já vi muitas bandas com som de qualidade e um trabalho incrível, nascerem e morrerem no anonimato, por falta de oportunidades.
COMO SURGIU A IDEIA DO DISCO? QUEM FEZ AS COMPOSIÇÕES?
Eu estava cursando História, em meio a tantas leituras e conteúdo, as ideias borbulhavam, e comecei a analisar a História contada nas escolas e aquilo que aprendíamos na faculdade, que eram visões totalmente diferentes, e assim como temos tantas canções com tema histórico, vide Iron Maiden; achei que seria interessante essa temática, mas com a nossa história, e sendo assim, decidi manter tudo em terras brasileiras, inclusive o idioma, o que foi um grande desafio, e fico contente quando recebo elogios inclusive nesta questão. Comecei então a escrever as letras e compor as músicas, a ideia era montar uma banda, mas ao perceber que eu estava criando todo o material sozinho, decidi seguir só eu mesmo. Então, como falado anteriormente, é um trabalho 100% autoral, das letras, músicas, gravação, até a capa.
COMO ESTÃO OS CONVITES PARA SE APRESENTAR?
Bem, eu fiquei um período de 10 anos longe dos palcos, voltei de fato em abril deste ano, quando me apresentei na Temple of Shadows in Concert, ao lado do Edu Falaschi, cantando a música “Temple of Hate”, depois tive a honra de participar do Workshow do Luis Mariutti & Ricardo Confessori, produzido pelo Mariutti Team, cantando “Speed” do Angra, ainda ao lado do Rafael Bittencourt e o guitarrista Mayki Fabiani. Essa apresentação rendeu o convite para participar do Tributo ao Andre Matos, aqui em São Paulo, no Fabrique Club, onde cante a “Pride”, numa noite repleta de ótimos músicos participei também do projeto “Piano e Voz” do Alax William, vocalista da Confessori Band, e recentemente, em mais um evento produzido pelo Mariutti Team, participei do Halloween do Rafael Bittencourt. Considero todos momentos muito especiais, e grandes conquistas, ainda mais, porque voltei a cantar apenas em abril deste ano, espero que o trabalho apresentado até então tenha agradado e que mais apresentações apareçam pela frente!!!
COMO VOCÊ ACHA QUE A MUSICA AUTORAL É VISTA/TRATADA PELOS CONTRATANTES, VOCÊ ENCONTRA MUITAS DIFICULDADES OU A REDE DE CONTATOS E SUFICIENTE?
Um assunto bastante complexo, mas já explanei um pouco sobre ele anteriormente, mas apenas para reforçar, é um mercado praticamente escasso, mas é um problema estrutural, não há um ou outro culpado, a estrutura de como a cena se desenvolveu até hoje, unido ao fato de não haver interesse da grande mídia e mercado fonográfico, faz com que o caminho seja árduo, maçante e na grande maioria das vezes, injusto. Acho que se houvesse mais oportunidades e maior receptividade do público, compreendendo que um dia, Iron Maiden, Black Sabbath, Angra entre outros, também começaram em pequenas casas e ao longo de uma carreira foram se estruturando, ou seja, não nasceram gigantes, se tornaram gigantes, e por conta do público que em sua época os apoiou, as coisas seriam mais prosperas, e acho que é importantíssimo que a cena se renove, pois caso contrário, o pouco que se tem, irá acabar.
ESTÁ SATISFEITO COM O TRABALHO QUE DESENVOLVEU?
Sei que há muito a explorar, trabalhar, evoluir e desenvolver, mas foi um EP de muita entrega, suor e dedicação até o momento de lançar e mostrar às pessoas, estou feliz com o resultado, todo produzido de maneira independente e por mim mesmo, aquela história de colocar a mão na massa, foi pra valer nesse disco, mas sempre penso no próximo e no que eu posso fazer para que seja melhor. E pensando nisso, já estou compondo as músicas, escolhendo as temáticas que desta vez não será conceitual, abordarei temas mais modernos, coisas do cotidiano, e seguirei majoritariamente compondo em português, mas irei colocar duas ou três músicas em inglês no próximo disco, pois a sonoridade, principalmente da voz, muda bastante, em inglês é mais fácil explorar as notas agudas, pois a fonética permite, e tendo o Andre Matos como maior influência vocal, é claro que quero soltar meus agudos também rsrs.
POR QUE A ESCOLHA DO NOME DO DISCO, DE ONDE SURGIU A IDEIA?
O EP se chama Tupã – Terra Nova, a ideia, caso fosse uma banda, era se chamar Tupã, e o álbum “Terra Nova”, pois abordei casos do início da nossa história, falando sobre o descobrimento, imposição da religião aos nativos, escravidão e independência, fugindo desses tópicos, tem apenas “Espelho D’água”, que se trata do folclore, Iara, mãe d’água. Sendo assim, “Terra Nova”, vem de encontro aos temas abordados, mas principalmente, a questão do descobrimento, alinhado `’ minha “Terra Nova”, que seria esse novo caminho que eu estava por trilhar, Heavy Metal em português e de maneira solo. E então, acabou ficando Tupã – Terra Nova by Kaká Campolongo (sem ser prepotente).
CLARO A MAIS IMPORTANTE A MENSAGEM PARA AS FÃS:
Mensagem para fãs?! Bem, só posso agradecer imensamente por todo o apoio que tem me dado, cada mensagem de incentivo, elogio, foto que pedem, quando vão às apresentações, cada um desses gestos conta muito, e são muito importantes, então, só tenho a agradecer e dizer MUITO OBRIGADO!!! Vocês são demais!!!! E para quem quer acompanhar meu trabalho, pode me encontrar nas diversas redes sociais, plataformas de Streaming, basta procurar como Kaká Campolongo, e eventualmente por aí!!! Até mais!!! - Kaká Campolongo
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