segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A EVOLUÇÃO MUSICAL AO LONGO DOS SÉCULOS

Idade Média


(músicos da idade média)

Com a queda do Império Romano e a implantação do cristianismo, a igreja passa a ter um papel fundamental para o desenvolvimento e evolução da música, pois são os monges que, nos mosteiros e depois dos gregos, continuam a desenvolver a escrita e a teoria musical.

A Igreja, durante a Idade Média, ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a Europa, com isto interferindo na produção musical daquele momento. A música “monofônica” (que possui uma única linha melódica), sacra ou profana.

A mais antiga que conhecemos, é denominada de “Cantochão”, porém a música utilizada nas cerimônias católicas era o “canto gregoriano”. O canto gregoriano, era cantado nas sinagogas e países do Oriente Médio. A Igreja Cristã fez do canto gregoriano elemento essencial para o culto. O nome é uma homenagem ao Papa Gregório I, era basicamente uma forma de oração para demonstrar o amor a Deus. Este canto tinha uma melodia simples que seguia o ritmo das palavras.

No século IX começa a se desenvolver o “Organum”, que são as primeiras músicas polifônicas com duas ou mais linhas melódicas. Nesta época começa a haver uma grande separação entre a música religiosa e a música popular. Uma das grandes diferenças entre elas está nos instrumentos que são usados em ambas.

Na igreja apenas o órgão era permitido, enquanto que na música não religiosa ou chamada profana usavam-se: a rabeca, o saltério, o alaúde, a charamela, a flauta, a gaita de foles, a sanfona, a harpa, os pratos, os pandeiros, os tambores. A língua usada nos cantos da igreja era o Latim, enquanto que na música popular eram os dialetos próprios de cada região.

(saltério)


(charamela)

(gaita de foles)


Renascimento



(músicos do renascimento)


Na era renascentista, os artistas pretendiam compor uma música mais universal, buscando se distanciarem das práticas da igreja. O homem do renascimento já não vive apenas dominado pelos valores da igreja, agora encontra valores nele próprio e na natureza, havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela possibilidade de variação melódica.

A polifonia valorizava a técnica que era desenvolvida e aperfeiçoada, característica do Renascimento. Neste período, surgem as seguintes músicas vocais profanas: a “frótola”, o “Lied” alemão, o Villancico”, e o “Madrigal” italiano.

O “Madrigal” é uma forma de composição que possui uma música para cada frase do texto, usando o contraponto e a imitação.

É também no renascimento que, apesar de se continuar a utilizar os instrumentos para duplicar, reforçar ou substituir as vozes, se começou a desenvolver uma música composta para ser tocada por instrumentos musicais, destacando-se o alaúde e as violas de gamba.

(viola de gamba)


Barroco



(músicos do barroco)

Barroco é o período em que a música instrumental atinge, pela primeira vez, a mesma importância que a música vocal. Era uma música de conteúdo dramático e muito elaborado. Neste período estava surgindo a ópera musical. E se espalhou por muitos países, principais na França, Itália, Inglaterra e Alemanha. A música do barroco é exuberante, de ritmo energético e frases melódicas longas muito bem organizadas. Neste contexto os compositores fazem uso de um contraponto com grandes contrastes tímbricos. A orquestra também, por sua vez, toma maiores proporções e uma forma mais estruturada.

Dá-se também um aperfeiçoamento técnico dos músicos, assim como um maior acesso à música por parte do público em geral. A ópera e o ballet são formas musicais, orquestrais e vocais que surgem e se desenvolvem com grande autonomia. A Suíte que também é outro gênero deste período, é uma sucessão de diferentes peças musicais com andamentos de dança.


Classicismo



(músicos do classicismo)

O Classicismo chegou ao Brasil em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, causando grande transformação na música brasileira. Dom João VI trouxe consigo a biblioteca musical dos Bragança – uma das melhores da Europa naquela época –, e rapidamente mandou trazer músicos de Lisboa e da Itália, reorganizando a Capela Real, muito prestigiada pela qualidade das músicas apresentadas.

Nesta época surgiu o primeiro grande compositor brasileiro, o padre José Mauricio Nunes Garcia, e Gabriel Fernandes da Trindade, compositor de modinhas e das únicas peças de Orquestra de Câmara, e João de Deus de Castro Lobo.

No período clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no barroco. Agora a música revela uma extrema suavidade e beleza com grande equilíbrio e perfeição estética. O termo “clássico” deriva do latim “classicus”, que significa cidadão da mais alta classe.

Neste momento surgem diversas novidades, como a orquestra que começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos.

A “Sinfonia” significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de composição surgida no período clássico, ele apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e a orquestra.

O cravo cai em desuso para dar lugar ao piano que o irá substituir definitivamente. Também a orquestra toma maiores proporções ao mesmo tempo que diversifica os seus instrumentos. Desenvolvem-se grandes gêneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de cordas, a sinfonia e o concerto.


Romantismo



(músicos do romantismo)

A figura central neste difícil período foi Francisco Manuel da Silva, discípulo do Padre José Maurício e sucessor de seu mestre na Capela. Era um compositor de escassos recursos, mas que merece crédito por ter fundado o Conservatório de Música do Rio de Janeiro, ter sido o regente do Teatro Lírico Fluminense, e na Ópera Nacional, e o autor do Hino Nacional Brasileiro.

Sua obra refletiu a transição do gosto musical para o Romantismo, quando o interesse dos compositores nacionais se voltou para a ópera, que estava no seu auge, no Brasil.

A maior figura dessa época foi Antônio Carlos Gomes, que compôs óperas com temas nacionalistas, mas com estética europeia, tais como “O Guarani” e “O Escravo”, que conquistaram sucesso em teatros europeus exigentes, como o La Scala em Milão.

O Romantismo inicia pela figura de Beethoven. O romantismo rendeu frutos na música, como o “Nacionalismo” musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura popular de seu país e aproveitando música folclórica em suas composições. A valsa do estilo vienense de Johann Strauss é um típico exemplo da música nacionalista.

Neste contexto os compositores do Romantismo procuravam suscitar, através da música, os seus sentimentos e afetos em relação à sociedade da época. O século XX é marcado por uma série de novas tendências e técnicas musicais, no entanto torna-se imprudente rotular criações que ainda se encontram em curso. Porém algumas tendências e técnicas importantes já se estabeleceram no decorrer do século XX.

São elas: O Impressionismo, Nacionalismo do século XX, Influências jazzísticas, Poli Tonalidade, Atonalidade, Expressionismo, Pontilhismo, Serialismo, Neoclassicismo, Microtonalidade, Música concreta, Música eletrônica, Serialismo total, e Música Aleatória.

Isto sem contar a especificidade de cada cultura. Há também os músicos que criaram um estilo característico e pessoal, não se inserindo em classificações ou rótulos, restando-lhes apenas o adicional “Tradicionalista”.


Nacionalismo



(músicos do nacionalismo)

Brasilio Itiberê da Cunha, Luciano Gallet, e Alexandre Levy foram precursores dessa corrente, Antônio Francisco Braga e Alberto Nepomuceno introduziram um sabor brasileiro na música nacional e empregaram largamente ritmos e melodias folclóricas em uma síntese inovadora e efetiva com as estruturas formais de matriz europeia.

Mas Heitor Villa Lobos foi a maior figura do nacionalismo musical brasileiro, por ele ter incorporado o folclore brasileiro em sua produção; dono de uma inspiração enérgica e apaixonada, ele fez dos elementos nacionais e estrangeiros, eruditos e populares, um estilo próprio de grande força e poder evocativo, em uma produção que empregava desde instrumentos solo, onde o violão tinha destaque, até grandes recursos orquestrais em seus poemas sinfônicos, concertos, sinfonias, bailados, e óperas, passando pelos múltiplos gêneros da música de câmara, vocal e instrumental.

Ele também desempenhou um papel decisivo na vida musical do país em virtude de sua associação com o governo central, conseguindo introduzir o ensino do canto orfeônico em todas as escolas de nível médio. Das suas obras podemos citar os Choros, as Bachianas Brasileiras, as suítes intituladas A Prole do Bebê, o Rude poema, os bailados Uirapuru e Amazonas, e o Noneto.

(heitor villa lobos)

(heitor villa lobos)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

INSTRUMENTISTA / MÚSICO - DEFINIÇÃO

Instrumentista é aquele músico que toca algum instrumento, na verdade, nem todo músico é um instrumentista (também chamado de concertista, na música erudita).

Alguns músicos seguem uma carreira sem tocar instrumento algum, como a de: Terapia musical, Engenheiro de som, Produtor musical, Educação musical Direito musical, Jornalismo em Música, Empresário Musical, Discou Video Jockey, Diretor de Programação Designer de Software ou Hardware de Música Musicologia, Musicografia e até mesmo o compositor pode saber tudo sobre os instrumentos, mas não tocar nada. Estes não são intérpretes, mas os maiores estudiosos acadêmicos do campo de Música, noutras especializações.

Música na Antiguidade

A música assumiu um papel central nas diversas atividades diárias das grandes civilizações da antiguidade, nomeadamente Egito, Grécia e Roma.

Hoje é possível dividir a história da música em períodos específicos, e utilizados para diferentes ocasiões e finalidades.

· Grécia: A Grécia aparece muito ligada à poesia e à escrita que, a par com a música, participavam como forma de expressão nos teatros. A civilização grega teve um papel fundamental para a evolução da história da música ocidental, sendo de destacar a sua contribuição, essencialmente em relação ao ritmo e à notação musical. Para os gregos a música era um meio para se aproximar das divindades, caminho para a perfeição, era incorporada à dança ao teatro, e ao som da lira eram recitados poemas. Foi também na Grécia Antiga que surgiu o órgão.

Instrumentos da Grécia: Aulos, Lira, Instrumentos de percussão eram Tímpanos, Címbalos, Sistros.


(aulos)

(lira)

(sistro)

(címbalos)

· Roma: Toda a música do império romano foi influenciada pela dos gregos. Em Roma, as lutas dos gladiadores eram acompanhadas por trombetas, para sinalizar ações dos soldados e cantar hinos as vitórias conquistadas. A música estava sempre presente nas casas dos homens e mulheres com muito dinheiro. Nas ruas davam-se pequenos espetáculos de malabarismo e de acrobacia que eram sempre acompanhados por flautas e pandeiretas. além de possuir um papel fundamental na religião.

Instrumentos da Roma: Nesta cultura destaca-se a invenção do órgão hidráulico. O órgão hidráulico é um tipo de órgão que funcionava a água.

(flautas)

(orgão hidráulico)

(pandeiretas)


· Egito: No Egito fazia-se música tanto no palácio do faraó como no trabalho do campo ou ainda no culto dos mortos. Eram normalmente as mulheres que tocavam. A música tinha uma origem divina e estava muito ligada ao culto dos deuses.

Instrumentos do Egito: Os instrumentos usados eram essencialmente harpas, liras, flautas, alaúdes e instrumentos de percussão.

(alaúde)

(Harpa)

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS

Existem muitas formas de classificar os instrumentos musicais, cada uma delas se presta melhor para cada finalidade. Existem classificações que levam em conta os conjuntos instrumentais tais como orquestras. Um exemplo é a classificação dos instrumentos da orquestra sinfónica que divide os instrumentos em cordas, sopros (subdivididos em madeiras e metais) e percussão.

Os Instrumentos de Cordas

Nos instrumentos de cordas, o som é produzido pela vibração de uma corda, quando esta é friccionada ou percutida. Esta vibração é geralmente amplificada pois a maioria destes instrumentos apresenta uma caixa de ressonância. Exemplos deste tipo de instrumentos são o violino, a viola, a guitarra ou o contrabaixo. A qualidade sonora destes instrumentos depende da combinação entre as cordas utilizadas e a caixa de ressonância que na maioria das vezes é feita em madeira.


(contrabaixo)


(violino)

(guitarra)


(violão)



Os Instrumentos de Sopro

Os instrumentos de sopro são usualmente constituídos por tubos e o som é produzido pelo movimento do ar que se encontra no seu interior. Os diferentes sons relacionam-se com o comprimento da coluna de ar movimentado. São exemplos de instrumentos de sopro, as flautas, o saxofone, o clarinete ou a trompa.


(flauta transversal)

(saxofone)

(trompa)

Os instrumentos de percussão

Neste tipo de instrumentos, o som é produzido pela vibração de uma membrana ou de uma superfície. Esta oscilação pode ser provocada pela mão ou com a ajuda de baquetas, que podem ser de plástico ou de madeira. Exemplos deste tipo de instrumentos, são os tambores, as baterias, os xilofones ou os adufes.

(tambores)

(bateria)

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

INSTRUMENTOS MUSICAIS

Um instrumento musical é um objeto construído com o propósito de produzir música. Os vários tipos de instrumentos podem ser classificados de diversas formas, sendo uma das mais comuns, a divisão de acordo com a forma pela qual o som é produzido. O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia.

A data e a origem do primeiro aparelho considerado como instrumento musical é objeto de debates. Arqueologistas tendem a debater o assunto referindo a validade de várias evidências como artefato e trabalhos culturais. Os primeiros instrumentos musicais possivelmente sequer foram desenvolvidos com objetivos puramente musicais, mas sim para permitir que caçadores imitassem a voz de animais diversos de modo a atrair potenciais presas.

Os primeiros instrumentos musicais, foram surgindo (xilofones, litofones, tambores de tronco e flauta) a 40.000 anos atrás, quando se desenvolveu a linguagem falada e o canto. No Neolítico, surgiram os primeiros instrumentos de cordas e afináveis, após o desenvolvimento de ferramentas, e depois do surgimento da metalurgia, foram criados instrumentos de cobre e bronze.

(flautas)

(tambor)

(litofone)

(xilofone)


O PODER DA MÚSICA EM NOSSAS VIDAS


Como e por que a música influencia nossos sentimentos? 

Não é difícil perceber o quanto a música influencia nossos sentimentos, não é mesmo? Basta aquela música favorita começar a tocar no rádio para que o humor melhore de uma hora para outra. De repente nos vemos a cantar e a lembrar de momentos bons e divertidos que passamos na companhia daqueles acordes. Algumas músicas também podem trazer outras sensações, como tristeza, saudade, medo e até ansiedade. O mais interessante disso tudo é que, isso, não é somente uma sensação.


Na idade média, civilizações como a indiana, chinesa e egípcia, por exemplo, já utilizavam a música como um instrumento de cura. Enquanto isso, outras utilizavam cantigas e músicas para aumentar a produtividade no trabalho e manter o ritmo com todas as pessoas envolvidas no processo. Isso pode acontecer porque o corpo reage ao ritmo da música e as vibrações são capazes de mudar nosso estado de espírito. Com isso, são despertadas emoções que acabam influenciando no bom ou mal funcionamento do nosso corpo como um todo.


Algumas teorias e estudos sérios na área, inclusive, tentam comprovar as alterações que acontecem nas células e nos órgãos exatamente no momento em que as emoções são liberadas com determinada música. Assim, descobriram que músicas mais calmas e tranquilas são capazes de diminuir os batimentos cardíacos, acalmar a mente e transmitir uma sensação de paz e tranquilidade.


Enquanto isso também chegou à conclusão de que algumas músicas mais agitadas e pulsantes são capazes de fazer com que as batidas do coração acompanhem o mesmo compasso, causando uma sensação diferenciada e uma vontade de movimento e ação. Dependendo da pessoa, da música e de como o teste é aplicado, o ritmo também pode causar sensações ruins como ansiedade e inquietação.

Ou seja, mais do que simplesmente um sentimento com relação ao som, a música é capaz de alterar os processos fisiológicos e o cérebro libera hormônios que ora trazem uma sensação de prazer, ora de desconforto. E isso nem sempre está ligado com a letra da música em si, mas sim com seus acordes, batidas e afins. Mas nem todas as pessoas sentem as mesmas coisas do mesmo jeito. Por isso, uma precisa encontrar qual o tipo de música que mais lhe acalma ou deixa feliz no cotidiano para aproveitar os benefícios que este tipo de sensação pode proporcionar.


Além do ritmo e do estilo musical, as sensações que a música traz para nossa vida também são fruto das memórias e das experiências que tivemos ao ouvi-las. Então o ideal é encontrar aquelas que mais trazem sentimentos e pensamentos positivos. A música faz parte da nossa humanidade e é uma das formas mais belas de representar o que sentimos, o que desejamos e como compreendemos o mundo.