segunda-feira, 15 de julho de 2019

EVOLUÇÃO DAS MÍDIAS MUSICAIS


O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações. O disco de 78 rotações ou 78 rpm era uma chapa, geralmente de cor negra, empregue no registo de áudio (músicas, discursos, efeitos sonoros, pista sonora de filmes, etc.). Em geral, foram muito utilizados na primeira metade do século XX.

Sua criação é atribuída a Émile Berliner, alemão, na década de 1870, e só passou a ser comercializada em 1895. Berliner divergia de Thomas Edison em relação ao formato a ser adotado para armazenar a gravação sonora, invento ainda recente. Edison apostou nos cilindros de cera, de duração de 1 a 4 minutos, que possuíam menor ruído, porém de menor alcance sonoro (que deixaram de ser produzidos em 1912).



Em um primeiro momento a invenção de Berliner foi encampada por uma famosa empresa alemã de brinquedos, que o vendia como tal, junto com um gramofone de dimensões reduzidas. No final da década de 1890, Berliner criava a Gramophone Company, existente ainda hoje com o nome de EMI (Electric and Music Industries), importante selo no mercado mundial da música.

A velocidade e o formato, porém não estavam ainda definidos. Havia discos de 76, 79, 80 rotações, e os tamanhos variavam de 15, 17, 20, 25 a 30 cm. Tal divergência advinha dos diferentes métodos e técnicas de gravação desenvolvidas pelas primeiras marcas, ainda no início do século XX.

As chapas de cera eram mais fáceis de manusear e, principalmente, de fabricar. Assim, a fabricação dos fonógrafos foi intensificada, o que resultou na popularização dos discos e dos aparelhos. Com isso, aumentou a busca por músicos, cantores, compositores e artistas para que apresentassem novidades e movimentassem essa indústria do entretenimento, que começava a crescer assustadoramente.


No início da década de 20, a indústria fonográfica movimentou grandes somas de dinheiro e dava vida aos primeiros ídolos da música popular. Até então, o que rolava nos "tocas discos" da época, eram os pesados Bolachões de 78 rotações, onde eram gravadas apenas duas faixas por disco, ou seja, duas únicas tentativas de atingir as paradas de sucesso.

No lado A, era gravada a música que os donos das fábricas de disco acreditavam ser de maior apelo musical e, que consequentemente, seriam as mais executadas em todas as rádios. No entanto, muitas vezes, a faixa que virava hit-parade era a do lado B. E quando nenhuma das duas emplacava, era o fim, e o disco saía logo de circulação.

Nessa época, muitas vezes, o dono da gravadora ou da fábrica de discos fazia o papel de "produtor musical". E como em todo negócio onde os custos de produção são relativamente baixos e a margem de lucro bastante elevada, a palavra mágica era "vender".

Em meados dos anos 20, com o advento das gravações elétricas, a qualidade das gravações melhorou muito. A partir daí, até a década de 40, apesar de algumas crises, o mercado cresceu e transformou-se, junto com o fenômeno das transmissões radiofônicas, num dos pontos fundamentais para a consolidação da indústria do entretenimento.


O grande problema que mudou, mais uma vez, a trajetória do disco, veio com a Segunda Guerra Mundial, onde o racionamento de cera, matéria-prima indispensável na fabricação do disco, resultou na diminuição da produção e na necessidade urgente de se buscar um substituto à altura. Assim, surge o Vinil, como uma alternativa prática, barata e que resultava em um produto de características mais flexíveis e dinâmicas. Estavam extintas as placas de cera.

O advento do disco de vinil promoveu uma grande revolução na história da gravação: nascia o LONG-PLAY, ou simplesmente, nosso velho e querido LP. Girando em uma velocidade angular de 33.1/3 rpm, ao invés das 78rpm das chapas de cera, o LP multiplicou por quatro o tempo de duração de um disco. Normalmente, são gravadas seis músicas de cada lado e, quase sempre, vem com uma capa impressa em papel cartão.

Desenvolvido por Peter Goldmark, o vinil micro sulcado de longa duração, foi apresentado para o mercado pela Gravadora Columbia em junho de 1948. Uns toca discos com uma plataforma giratória, com um braço ultraleve e agulha fono-captora de safira acompanhou esse lançamento, transformando os primeiros discos em produtos eficientes e de grande qualidade.

Assim, a trajetória do disco passou pelas tentativas de Edison em produzir um disco que tocasse por mais de quatro ou cinco minutos. Em 1927, Edison conseguiu essa proeza através de um sulco fino e uma minúscula agulha de diamante para reproduzir mais de 22 minutos de cada lado, nos grossos bolachões de 78rpm.


Vitor, em 1932-33, reduziu a velocidade para 33.1/3rpm, usando um sulco ainda mais fino e extremamente preciso. No entanto, a grande crise econômica e os braços de toca-discos muito pesados conspiraram para assegurar o fracasso dos bolachões de 78 rotações.

Em 1948, com o amplo uso do plástico, o LP atinge o topo do mercado fonográfico, reinando absoluto por mais de 40 anos. Para o artista popular, isso significou a possibilidade de gravar discos que não fossem apenas uma tentativa desesperada de atingir as paradas de sucesso. Da mesma forma, os compositores ficaram mais tranquilos para criar suas obras, podendo, inclusive, agrupá-las, tematicamente.

Os primeiros LPs, geralmente, continham coletâneas de gravações já editadas em discos de 78rpm. No entanto, essa tecnologia proporcionava muito mais do que apenas agrupar, no mesmo disco, um punhado de sucessos.

Vinil


Material durável e de custo muito baixo, com o qual eram feitos os discos. Foi introduzido no mercado com o lançamento dos discos de 45rpm e dos LP´s, em 1949. Alguns discos, embora sendo considerados de vinil, eram de poliestireno (polyestirene), um tipo mais econômico de material que perdia a qualidade de reprodução após ser utilizado algumas vezes.

Vinil Colorido


Em geral, os discos de vinil eram pretos. Como recurso promocional, alguns gravadores lançaram o vinil colorido, especialmente, no segmento de discos infantis. Os discos de vinil colorido, hoje, são bastante disputados entre colecionadores, por serem considerados uma raridade.

Lado A

Os melhores "hits" do artista aparecem no Lado A dos discos. Ocasionalmente, um sucesso do lado B surpreende e emplaca mais do que os do lado A. Isso aconteceu com " I Wanna Be Your Man", do Álbum "Stoned", dos Rolling Stones, considerado uma raridade entre os colecionadores.

Lado B

É o lado destinado às músicas de menor sucesso do disco e, acabou virando sinônimo de músicas sem muita importância. No entanto, é capaz de surpreender.

Rótulos

Os primeiros rótulos de papel surgiram em 1900, nos produtos da Consolidate Talkin Machine Company, precursora da Victor, Filadélfia. Os discos de 7 polegadas, então, receberam um rótulo com o título " Improved Gramophone Record" e eram impressos em preto e ouro.

"O disco de vinil, em 1998, completou 50 anos. Em 1992, com o advento do CD, foi decretada a morte dos LP´s, que, ao contrário do que se pensa, continuam muito vivos, nas prateleiras dos colecionadores e no coração daqueles que se consideram "loucos por vinil".

O disco de 78 rotações teve ainda uma sobrevida de alguns anos. Nos Estados Unidos, sua produção encerrou-se em 1957 e no Brasil, os últimos foram produzidos em 1964. Já em alguns países africanos como Nigéria e Gana, ou ainda Índia, Colômbia, Guatemala e na extinta União Soviética, o formato continuou sendo utilizado até o início da década de 1970.

O material utilizado em seu fabrico era, em geral, a goma-laca, - os mais antigos eram feitos de ebonite - que dava uma característica rija, vítrea e extremamente frágil ao formato. Eram executados inicialmente nos gramofones e, posteriormente, nos toca-discos eléctricos. Até 1948 era o único meio de armazenamento de áudio, quando foi inventado o LP, mais resistente, flexível, e com maior tempo de duração.



A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, os LP em escala comercial foram comercializados até meados de 2001. Com o fim da venda comercial dos discos de vinil, alguns audiófilos preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD e é curioso que a FNAC e outras lojas da especialidade ainda têm uma pequena seção com discos em vinil que são ainda hoje editadas por alguns (muito poucos) artistas/bandas.

Fita Cassete


A fita cassete ou compact cassete é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips. O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10cm x 7cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais. 

O áudio cassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (dolby, dnr) para redução de ruídos. 

Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.


CD

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos Compact Discs prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil serem considerados obsoletos. Com a banalização dos discos compactos, a consecutiva banalização de gravadores de CD permitiu a qualquer utilizador de PC gravar os seus próprios CD, tornando este meio um sério substituto a outros dispositivos de backup. Surgiu assim a banalização dos discos "virgens" (CD-R), para gravação apenas, e os discos que podem ser "reescritos" (CD-RW).



A diferença principal entre estes dois é precisamente a capacidade de se poder apagar e reescrever o conteúdo no segundo tipo, característica que iria contribuir para o desaparecimento dos/das disquetes como meio mais comum de transporte de dados. Efetivamente, um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 487 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1,44 MB), com muito maior fidelidade - uma das características negativas dos/das disquetes era a sua reduzida fidelidade, já que facilmente se danificavam ou corrompiam.

Como exemplo, a exposição ao calor, frio e até mesmo a proximidade a aparelhos com campo magnético como celulares. Certamente várias músicas foram gravadas durante o processo de criação do compact disc (CD), mas o primeiro CD gravado em escala industrial foi uma seleção de valsas de Chopin interpretadas pelo pianista chileno (naturalizado americano) Claudio Arrau. Isso aconteceu em 17 de agosto de 1982, em Hannover (Alemanha), onde ficava a sede da gravadora Polygram, subsidiária da Philips, que, depois de alguns anos pensando em uma nova tecnologia de gravação, uniu esforços à Sony, que também queimava os neurônios dos seus criadores com a mesma finalidade.



DVD


No início de 1990 dois tipos de discos-ópticos de alta capacidade estavam em desenvolvimento: um era o Multimídia Compact Disc (MMCD), liderado pela Philips e Sony, e o outro era o Super Density Disc (SD), patrocinado pela Toshiba, Time-Warner, Matsushita Electric (Panasonic), Hitachi, Mitsubishi, Pioneer, Thomson e JVC. O presidente da IBM, ou Gerstner, tinha a proposta de unir os dois sistemas, evitando a repetição dos problemas da década de 1980, com os videocassetes dos formatos VHS e Betamax. Philips e Sony abandonaram o formato MMCD e concordaram o formato da Toshiba com duas modificações referentes a tecnologia implicada.

A primeira foi a geometria que permitisse o "push-pull" (pular) das faixas (assim como no CD, você pula de uma música para outra, já no videocassete você não tem como fazer isso rapidamente), que era uma tecnologia conjunta da Philips-Sony. A segunda era adoção do sistema Philips EFMPlus. O EFMPlus, foi criado por Kees A. Schouhamer Immink, que também criou o EFM: é 6% menos eficiente que o sistema SD da Toshiba, o que resultou numa capacidade de 4,7GB ao invés dos originais 5GB do SD. A grande vantagem do EFMPlus é sua grande resiliência e resistência a intempéries tais como arranhões e impressões digitais.

O resultado foi o DVD 1.5, anunciado ao público em 1995 e terminado em setembro de 1996. Em maio de 1997, o Consórcio DVD mudou para Fórum DVD, que é aberto a todas as companhias (não somente a Philips, Sony e Toshiba). Os primeiros DVD Player (leitores de DVD) e discos estavam disponíveis em Novembro de 1996 no Japão, Março de 1997 nos Estados Unidos, 1998 na Europa e 1999 na Austrália. No Brasil a tecnologia começou a ganhar força em 2002 e 2003. O primeiro filme em DVD lançado nos Estados Unidos foi o Twister em 1996.

O filme foi um teste para o Surround Sound 2.1. No Brasil, o primeiro DVD de filme foi Era uma vez na América, da FlashStar lançado em 1998. Em 1999 o preço dos DVD Players baixou para US$300 (dólares). A rede de supermercados Wal-Mart começou a vender DVD Players mesmo tendo pouca procura em comparação com os vídeos VHS, mas logo outras lojas seguiram o Wal-Mart e o DVD rapidamente se tornou popular nos Estados Unidos. Devido à desvalorização da moeda brasileira em relação aos dólares e à demora na decisão sobre a região a ser adotada no Brasil, bem como outros fatores, o DVD só se popularizou no Brasil em 2003, tomando quase 80% do mercado de vídeos. Um atraso de quase um ano, segundo fabricantes do setor.

MP3


Início de 1970: O Prof. Dieter Seitzer da Universidade Erlangen-Nuremberg na Alemanha depara-se com o problema de transmitir fala em alta qualidade através de linhas telefônicas. Ele inicia então um grupo de pesquisa em codificação de áudio.

Fim de 1970: Em virtude do surgimento do ISDN (Integrated Service Digital Network) e cabos de fibra óptica para telecomunicações, melhorar a codificação de voz pareceu pouco importante, então o Prof. Seitzer iniciou a pesquisa em codificação de sinais de música.

1979: O grupo do Prof. Seitzer desenvolveu o primeiro processador de sinais digitais capaz de realizar a compressão de áudio. Um dos estudantes, Karlheinz Brandenburg, começou a implementar princípios da psicoacústica na codificação de áudio.

1987: A Universidade Erlangen-Nuremberg realizou uma parceria com o Instituto Fraunhofer.

1988: Estabeleceu-se o MPEG (Moving Picture Experts Group), grupo de trabalho da ISO (International Organization for Standardization) responsável por desenvolver padrões para a compressão de áudio e vídeo digitais.

1989: Brandenbeurg finalizou sua tese de doutorado onde apresentava o algoritmo OCF (Optimum Coding in the Frequency Domain). Tal codec possuía várias características da atual tecnologia MP3 e era um sistema de tempo real.


1991: Melhoras no algoritmo OCF somadas a contribuições da Universidade de Hannover, dentre outras, produziram um novo codec de áudio chamado ASPEC (Adaptative Spectral Perceptual Entropy Coding).

O ASPEC foi um dos 14 trabalhos enviados para a ISO como proposta de codificação de áudio. Após testes rigorosos, a ISO sugeriu que a codificação de áudio apresentasse 3 abordagens em escala de complexidade e eficiência: Layer 1 e Layer 2, mais simples, baseadas em um outro codec enviado à ISO, o MUSICAN, Layer 3, de alta eficiência e maior complexidade, baseada no ASPEC. O ASPEC evolui então para o codec MP3 - MPEG-1 Layer 3.

1995: Os pesquisadores de Fraunhofer votaram ' .mp3 ' como a extensão de arquivos MPEG Layer 3. Disponibilizou-se o codec do Layer 3 como shareware.

1997: Michael Robertson constrói o site 'mp3.com', onde disponibiliza informações e tudo mais relacionado à tecnologia MP3.

1998: Surgem os primeiros players portáteis de MP3, usando memória flash.

2000: Surgem no mercado dos EUA CD players com funcionalidades de mp3.

2006: Na Alemanha, MP3 gera mais de 10000 postos de trabalho e aproximadamente 300 milhões de euros de impostos. Os alemães gastam em média 1,5 bilhões de euros em MP3 players e produtos relacionados. Após a grandiosa fama na Internet, o MP3 causou grande revolução no mundo do entretenimento.


Assim como o LP de vinil, o cassete de áudio e o CD, o MP3 se fortaleceu como um popular meio de distribuição de canções. A questão chave para entender todo o sucesso do MP3 se baseia no fato de que, antes dele ser desenvolvido, uma música no computador era armazenada no formato WAV, que é o formato padrão para arquivo de som em PCs, chegando a ocupar dezenas de megabytes em disco. 

Na média, um minuto de música corresponde a 10 MB para uma gravação de som de 16 bits estéreo com 44,1 KHz, o que resulta numa grande complicação a distribuição de músicas por computadores, principalmente pela Internet. Com o surgimento do MP3 essa história mudou, pois, o formato permite armazenar músicas no computador sem ocupar muito espaço e sem tirar a qualidade sonora das canções. 

Geralmente, um minuto de música corresponde a cerca de 1 MB em MP3. O MP3 (MPEG-1/2 Áudio Layer 3) foi um dos primeiros tipos de arquivos a comprimir áudio com perda de dados, com eficiência, de forma quase imperceptível ao ouvido humano. Ao se popularizar, o formato MP3 deixou consequentemente a indústria fonográfica preocupada com seus lucros. O MP3 alcançou um sucesso tão grande que, quando as gravadoras se deram conta, o formato já estava presente em milhões de computadores em todo o mundo.

Pendrive (Memória Flash)


Embora não tenha sido criado com o intuito de ser um repositório de canções, a popularização de eletrônicos com portas USB, como PCs, TVs notebooks e aparelhos de som – inclusive automotivos –, deu aos pendrives mais uma utilidade: ser um dispositivo para o armazenamento de músicas.

As memórias flash USB começaram a ser vendidas em 2000 (tendo suas patentes registradas em 1999 pela empresa israelense M-Systems) e ofereciam míseros 8 MB de espaço para guardar dados – mesmo assim esse espaço era cinco vezes maior do que o dos disquetes. 

Essa limitação inicial foi um dos principais motivos por essa mídia demorar muitos anos para ser adotado como equipamento para salvar canções. Atualmente, presenciamos a terceira geração dessa tecnologia, que disponibiliza modelos muito mais velozes e “espaçosos”.

Cartão de Memória MicroSD


Variação desses primórdios da memória flash, o padrão microSD de cartões de memória foi usado inicialmente em celulares.

Mas as suas medidas reduzidas e enorme espaço de armazenamento logo foram adotadas por outros tipos de aparelhos eletrônicos – incluindo GPS, som automotivo e câmeras digitais.

Quando anunciados em 2005, os cartões dessa categoria tinham no máximo 128 MB.

Streaming


O streaming no formato que o conhecemos tomou forma no final da década de 80 e começou a se desenvolver nos anos 90, sendo que a primeira rádio online surgiu em 1994. Contudo, a infraestrutura precária e a baixa disseminação da internet nesse período fizeram que esse tipo de mídia demorasse para se popularizar. 

Há aproximadamente três ou quatro anos é que o streaming ganhou força. Atualmente, existem inúmeros serviços em que você pode escutar música sem baixar nada, quando e onde estiverem. Mais do que isso, você já pode assistir a filmes completos em alta definição diretamente do seu PC sem fazer o download de nenhum arquivo.


Do Analógico ao Digital: a música nasceu, cresceu e apareceu!




Poucas coisas se beneficiaram tanto da evolução da tecnologia e do formato digital como a música e a forma de ouvir e “consumir” suas vertentes. Dos primeiros tambores rupestres às orquestras, foram milhares de anos evoluindo na forma de conceber, escrever, tocar e distribuir a música.

Como ainda não se podia registrar fisicamente a música, o silêncio, a memória e os sentidos eram aliados fiéis no “consumo” dessa arte, já que estar presente no momento da execução era a única possibilidade de ouvir determinada música.

O começo: mecânico e analógico

Várias formas artesanais de reprodução de música foram inventadas ao longo dos séculos. O órgão hidro alimentado dos irmãos Banu Musa (início do século IX), os realejos (século XV), os relógios musicais (1598), as pianolas (1805) e as caixas de música (1815).

Todas estas máquinas reproduziam músicas pré-programada, mas não podiam tocar sons de forma arbitrária, não podiam gravar uma execução ao vivo e eram limitados pelo seu tamanho físico.

O primeiro aparelho com capacidade para gravar sons mecanicamente foi o fonautógrafo, desenvolvido em 1857 por Edouard-Leon Scott, no entanto não era capaz de reproduzir os sons gravados.

Essa “máquina” inaugura um período conhecido como “acústico mecânico”. Dez anos depois, Emile Berliner inventou o Gramofone e com ele a primeira forma do que conhecemos como “disco”, feito de goma laca importada da Ásia, era caro, pesado e muito frágil.

Em 1928, Fritz Pfleumer inventa o registro de áudio em fita magnética, revolucionando os métodos de gravação em estúdio, já que as fitas eram maleáveis e podiam ser cortadas e editadas, criando novas técnicas de manipulação sonora.

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