A música de Chopin para o piano combinava um senso rítmico único, e o uso frequente do cromatismo e do contraponto a partir do qual associava à beleza melódica uma não menos bela e vigorosa linha do baixo. Essa mistura produz uma sonoridade particularmente delicada na melodia e na harmonia, que são, todavia, sustentadas por sólidas e interessantes técnicas harmônicas.
Ele levou o novo gênero de salão do noturno, inventado por John Field, a um nível mais sofisticado. Ele também manteve formas de dança popular, como a mazurca polonesa e a valsa, a valsa vienense, com uma maior variedade de melodia e de expressão. Chopin foi o primeiro a escrever baladas e scherzi como peças individuais. Chopin também tomou o exemplo dos prelúdios e fugas de Bach, transformando o gênero em seus próprios prelúdios.
Muitas das peças de Chopin tornaram-se bastante conhecidas — por exemplo, o Estudo Revolucionário (Op. 10, nº 12), a Valsa Minuto (Op. 64, nº 1) e o terceiro movimento de sua sonata Marcha Fúnebre (Op. 35), que é frequentemente utilizada como uma representação icástica de luto, além da Grande valse brilhante (Op. 18, nº 1).
Muitas das peças de Chopin tornaram-se bastante conhecidas — por exemplo, o Estudo Revolucionário (Op. 10, nº 12), a Valsa Minuto (Op. 64, nº 1) e o terceiro movimento de sua sonata Marcha Fúnebre (Op. 35), que é frequentemente utilizada como uma representação icástica de luto, além da Grande valse brilhante (Op. 18, nº 1).
O Estudo Revolucionário não foi escrito tendo-se em mente a fracassada revolta da Polônia contra a Rússia; ele simplesmente surgiu naquela época. A Marcha Fúnebre foi escrita antes do resto da sonata na qual foi contida, mas a ocasião exata não é conhecida; aparentemente não foi inspirada em qualquer perda pessoal específica.
Outras melodias foram utilizadas como base de suas canções populares, como a lenta passagem de Fantaisie-Impromptu (Op. posth. 66) e a primeira seção do estudo Op. 10 nº 3. Essas peças muitas vezes contam com um cromatismo intenso e personalizado, bem como uma curva melódica que lembra as operas nos dias de Chopin — as óperas de Gioacchino Rossini, Gaetano Donizetti e especialmente Bellini. Chopin utilizava o piano para recriar a graciosidade da voz que cantava, e sempre falava e escrevia sobre os cantores.
As inovações técnicas de Chopin também se tornaram influentes. Seus prelúdios (Op. 28) e estudos (Opp. 10 e 25) tornaram-se rapidamente obras-modelo, e inspiraram tanto os Estudos Transcendentais de Liszt como os Estudos Sinfônicos de Schumann, Alexander Scriabin também foi influenciado por Chopin.
Toda a obra de Chopin envolve o piano, tanto solo como acompanhado. Seu trabalho, predominantemente para solos de pianos, inclui um pequeno número de obras para vários conjuntos, incluindo um segundo piano, violino, violoncelo, voz ou orquestra. Tem-se conhecimento de 264 obras de Chopin, sendo que alguns manuscritos e pedaços de sua infância foram perdidos com o tempo.
Georg Friedrich Händel
Ele compôs 42 óperas e 25 oratórios, entre eles "Messias", com a famosa "Halleluja". Mas Georg Friedrich Händel (1685-1759) ficou famoso também pela sua "música da água" e "música dos fogos de artifício", composta para os reis britânicos George I e George II. HändelHändel só conseguiu seguir a carreira de músico graças ao incentivo do Duque de Saxônia-Weissenfels, para quem ele se apresentou tocando órgão com apenas 7 anos.
Uma placa lembra esse acontecimento no castelo Augustusburg em Weissenfels. Händel teve seus primeiros sucessos como compositor de óperas em Hamburgo. Na estreia de "Almira", sua primeira ópera, ele ainda nem tinha completado 20 anos. Mas suas óperas foram ainda mais populares na Inglaterra, onde ele passou, por isso, quase 50 anos de sua vida. Com certa razão, a Inglaterra tem orgulho do "seu" George Frideric Handel, ao lado de Johann Sebastian Bach um dos maiores músicos alemãs da época do Barroco, compositor de óperas, oratórios e concertos.
A grande maioria dos Oratórios de Handel trata de temas do Antigo Testamento, como p.ex. José e seus Irmãos (1743), Belsazar (1744), Judas Maccabaeus (1746), Josué (1747), Susana (1748). Além do Messias somente o Oratório Theodora (1749) tem cunho cristão; Trata do martírio de Theodora e de Dídimo, um oficial romano convertido por intermédio dela. Quando Handel trabalhou no seu último Oratório, intitulado Jephtha (1751), sentiu que sua visão estava diminuindo.
Outras melodias foram utilizadas como base de suas canções populares, como a lenta passagem de Fantaisie-Impromptu (Op. posth. 66) e a primeira seção do estudo Op. 10 nº 3. Essas peças muitas vezes contam com um cromatismo intenso e personalizado, bem como uma curva melódica que lembra as operas nos dias de Chopin — as óperas de Gioacchino Rossini, Gaetano Donizetti e especialmente Bellini. Chopin utilizava o piano para recriar a graciosidade da voz que cantava, e sempre falava e escrevia sobre os cantores.
As inovações técnicas de Chopin também se tornaram influentes. Seus prelúdios (Op. 28) e estudos (Opp. 10 e 25) tornaram-se rapidamente obras-modelo, e inspiraram tanto os Estudos Transcendentais de Liszt como os Estudos Sinfônicos de Schumann, Alexander Scriabin também foi influenciado por Chopin.
Toda a obra de Chopin envolve o piano, tanto solo como acompanhado. Seu trabalho, predominantemente para solos de pianos, inclui um pequeno número de obras para vários conjuntos, incluindo um segundo piano, violino, violoncelo, voz ou orquestra. Tem-se conhecimento de 264 obras de Chopin, sendo que alguns manuscritos e pedaços de sua infância foram perdidos com o tempo.
Georg Friedrich Händel
Ele compôs 42 óperas e 25 oratórios, entre eles "Messias", com a famosa "Halleluja". Mas Georg Friedrich Händel (1685-1759) ficou famoso também pela sua "música da água" e "música dos fogos de artifício", composta para os reis britânicos George I e George II. HändelHändel só conseguiu seguir a carreira de músico graças ao incentivo do Duque de Saxônia-Weissenfels, para quem ele se apresentou tocando órgão com apenas 7 anos.
Uma placa lembra esse acontecimento no castelo Augustusburg em Weissenfels. Händel teve seus primeiros sucessos como compositor de óperas em Hamburgo. Na estreia de "Almira", sua primeira ópera, ele ainda nem tinha completado 20 anos. Mas suas óperas foram ainda mais populares na Inglaterra, onde ele passou, por isso, quase 50 anos de sua vida. Com certa razão, a Inglaterra tem orgulho do "seu" George Frideric Handel, ao lado de Johann Sebastian Bach um dos maiores músicos alemãs da época do Barroco, compositor de óperas, oratórios e concertos.
A grande maioria dos Oratórios de Handel trata de temas do Antigo Testamento, como p.ex. José e seus Irmãos (1743), Belsazar (1744), Judas Maccabaeus (1746), Josué (1747), Susana (1748). Além do Messias somente o Oratório Theodora (1749) tem cunho cristão; Trata do martírio de Theodora e de Dídimo, um oficial romano convertido por intermédio dela. Quando Handel trabalhou no seu último Oratório, intitulado Jephtha (1751), sentiu que sua visão estava diminuindo.
Franz Joseph Haynd
Franz Joseph Haydn é considerado o "Pai da Sinfonia". Compôs mais de 100 delas, além de 83 quartetos de cordas e dezenas de criações em diversos gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. O segundo movimento de seu Quarteto “Imperador”, de 1797, foi posteriormente adotado como Hino Nacional da Alemanha. Anos mais tarde, integrou o coro de meninos da Catedral de Santo Estêvão. Aos 17, com a mudança de voz, foi demitido do grupo. Para sobreviver, deu aulas e tocou órgão nas igrejas e violino em bailes e tavernas.
Durante esse período, como musicista autônomo, conheceu o compositor italiano Niccolò Porpora, com quem aprendeu os principais fundamentos da composição. Escreveu seu primeiro quarteto de cordas e, em 1752, a ópera cômica O diabo coxo. Sua reputação crescia gradualmente. Em 1759, foi nomeado diretor musical da câmara do conde Karl von Morzin, da Boêmia. Nesse cargo, escreveu suas primeiras sinfonias. Em 1761, Haydn é contratado, pelo príncipe Paul Anton Esterházy, como mestre de capela assistente. Em 1766, tornou-se o titular do cargo, com a morte de seu antecessor. Impressionado pelas obras do Mozart, por volta de 1781 Haydn inicia uma sólida amizade com o jovem gênio.
Nesta época, Haydn parou de compor óperas e concertos - precisamente os dois gêneros em que Mozart mais se destacou. Mozart, em contrapartida, escreveu seis quartetos dedicados a Haydn. A vida de Haydn tomaria um novo rumo no ano de 1790. Com a morte do príncipe Nicolau Esterházy, que foi sucedido por um outro que não gostava de música, Haydn pôde aceitar a oferta do empresário alemão Johann Peter Salomon, para ir à Inglaterra e reger suas novas sinfonias com uma grande orquestra. A viagem foi um sucesso. Musicalmente, as visitas renderam algumas das mais famosas obras de Haydn, conhecidas como as “Sinfonias Salomon” ou “Sinfonias de Londres”.
Quase a ponto de tornar-se um cidadão inglês, o músico decidiu voltar para Viena, onde construiu uma casa e dedicou-se à composição de grandes obras religiosas para coro e orquestra. Entre elas estão as seis missas dedicadas à família Eszterházy, cujo príncipe era novamente inclinado à música. A partir de 1802, Haydn dá sinais de debilidade física e fica impossibilitado de compor. Isso o deprimiu, porque novas inspirações lhe acometiam a todo instante. O compositor foi amparado por seus empregados e recebeu muitos visitantes e honras públicas durante esse tempo. Faleceu em 1809, após a tomada de Viena pelo exército francês de Napoleão Bonaparte.
Franz Joseph Haydn é considerado o "Pai da Sinfonia". Compôs mais de 100 delas, além de 83 quartetos de cordas e dezenas de criações em diversos gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. O segundo movimento de seu Quarteto “Imperador”, de 1797, foi posteriormente adotado como Hino Nacional da Alemanha. Anos mais tarde, integrou o coro de meninos da Catedral de Santo Estêvão. Aos 17, com a mudança de voz, foi demitido do grupo. Para sobreviver, deu aulas e tocou órgão nas igrejas e violino em bailes e tavernas.
Durante esse período, como musicista autônomo, conheceu o compositor italiano Niccolò Porpora, com quem aprendeu os principais fundamentos da composição. Escreveu seu primeiro quarteto de cordas e, em 1752, a ópera cômica O diabo coxo. Sua reputação crescia gradualmente. Em 1759, foi nomeado diretor musical da câmara do conde Karl von Morzin, da Boêmia. Nesse cargo, escreveu suas primeiras sinfonias. Em 1761, Haydn é contratado, pelo príncipe Paul Anton Esterházy, como mestre de capela assistente. Em 1766, tornou-se o titular do cargo, com a morte de seu antecessor. Impressionado pelas obras do Mozart, por volta de 1781 Haydn inicia uma sólida amizade com o jovem gênio.
Nesta época, Haydn parou de compor óperas e concertos - precisamente os dois gêneros em que Mozart mais se destacou. Mozart, em contrapartida, escreveu seis quartetos dedicados a Haydn. A vida de Haydn tomaria um novo rumo no ano de 1790. Com a morte do príncipe Nicolau Esterházy, que foi sucedido por um outro que não gostava de música, Haydn pôde aceitar a oferta do empresário alemão Johann Peter Salomon, para ir à Inglaterra e reger suas novas sinfonias com uma grande orquestra. A viagem foi um sucesso. Musicalmente, as visitas renderam algumas das mais famosas obras de Haydn, conhecidas como as “Sinfonias Salomon” ou “Sinfonias de Londres”.
Quase a ponto de tornar-se um cidadão inglês, o músico decidiu voltar para Viena, onde construiu uma casa e dedicou-se à composição de grandes obras religiosas para coro e orquestra. Entre elas estão as seis missas dedicadas à família Eszterházy, cujo príncipe era novamente inclinado à música. A partir de 1802, Haydn dá sinais de debilidade física e fica impossibilitado de compor. Isso o deprimiu, porque novas inspirações lhe acometiam a todo instante. O compositor foi amparado por seus empregados e recebeu muitos visitantes e honras públicas durante esse tempo. Faleceu em 1809, após a tomada de Viena pelo exército francês de Napoleão Bonaparte.
Wolfgang Amadeus Mozart
O gênio austríaco, Wolfgang Amadeus Mozart, nasceu em Salzburg em 1756 e foi um fenômeno durante toda sua vida, seu gênero era o Classicismo. Aos cinco anos Mozart já compunha minuetos e outras peças pequenas. Mesmo tendo uma vida totalmente movimentada, aos 12 anos Mozart já era um compositor de altíssima qualidade, seus "métodos" de composição, no entanto, eram um tanto quanto diferentes.
Por ter tido uma vida cheia de viagens, Mozart criou uma maneira de compor só sua: primeiro ele criava a música em sua cabeça, até em seus menores detalhes, enquanto fazia outras coisas. Depois, logo que tinha a oportunidade de sentar-se em frente a uma partitura em branco, escrevia a música que trazia em sua cabeça com tal fervor e rapidez que não houve quem não tivesse ficado impressionado com tamanha força criadora. Mozart, a respeito de sua criação musical, sempre se viu como um grande compositor de óperas.
Suas criações operísticas como Don Giovanni, Flauta Mágica e outras eram suas obras favoritas. Entre as obras de Mozart estão 41 sinfonias; 27 concertos para piano; cinco concertos para violino; quatro concertos para trompas; um concerto para flauta; um para oboé; um para clarineta; um para fagote; uma sinfonia concertante para violino, viola e orquestra; sinfonia concertante para quatro instrumentos de sopro e orquestra; um concerto para dois pianos; um concerto para três pianos; um concerto para flauta e harpa; concerto para dois violinos; 17 divertimentos, treze serenatas, mais de cem minuetos, gavotas, marchas e outras peças para dança, frequentemente agrupadas em conjuntos de seis.
A maior parte das sinfonias escritas por Mozart foi composta como música de entretenimento, um contraponto alegre aos divertimentos e serenatas. Da música vocal composta por Mozart, fazem parte 19 missas (incluindo o Réquiem); 4 cantatas; vésperas e uma dezena de obras corais e orquestrais menores; 24 óperas e outras obras para o palco (incluindo, "Idomeneo", "O Rapto do Serralho", "As Bodas de Fígaro", "Cosi Fan Tutte", "Don Giovanni" e "A Flauta Mágica"); 12 árias de concerto, a cantata Exultante, Jubilate e um punhado de peças menores para voz solista e orquestra; 50 canções para voz e piano.
O gênio austríaco, Wolfgang Amadeus Mozart, nasceu em Salzburg em 1756 e foi um fenômeno durante toda sua vida, seu gênero era o Classicismo. Aos cinco anos Mozart já compunha minuetos e outras peças pequenas. Mesmo tendo uma vida totalmente movimentada, aos 12 anos Mozart já era um compositor de altíssima qualidade, seus "métodos" de composição, no entanto, eram um tanto quanto diferentes.
Por ter tido uma vida cheia de viagens, Mozart criou uma maneira de compor só sua: primeiro ele criava a música em sua cabeça, até em seus menores detalhes, enquanto fazia outras coisas. Depois, logo que tinha a oportunidade de sentar-se em frente a uma partitura em branco, escrevia a música que trazia em sua cabeça com tal fervor e rapidez que não houve quem não tivesse ficado impressionado com tamanha força criadora. Mozart, a respeito de sua criação musical, sempre se viu como um grande compositor de óperas.
Suas criações operísticas como Don Giovanni, Flauta Mágica e outras eram suas obras favoritas. Entre as obras de Mozart estão 41 sinfonias; 27 concertos para piano; cinco concertos para violino; quatro concertos para trompas; um concerto para flauta; um para oboé; um para clarineta; um para fagote; uma sinfonia concertante para violino, viola e orquestra; sinfonia concertante para quatro instrumentos de sopro e orquestra; um concerto para dois pianos; um concerto para três pianos; um concerto para flauta e harpa; concerto para dois violinos; 17 divertimentos, treze serenatas, mais de cem minuetos, gavotas, marchas e outras peças para dança, frequentemente agrupadas em conjuntos de seis.
A maior parte das sinfonias escritas por Mozart foi composta como música de entretenimento, um contraponto alegre aos divertimentos e serenatas. Da música vocal composta por Mozart, fazem parte 19 missas (incluindo o Réquiem); 4 cantatas; vésperas e uma dezena de obras corais e orquestrais menores; 24 óperas e outras obras para o palco (incluindo, "Idomeneo", "O Rapto do Serralho", "As Bodas de Fígaro", "Cosi Fan Tutte", "Don Giovanni" e "A Flauta Mágica"); 12 árias de concerto, a cantata Exultante, Jubilate e um punhado de peças menores para voz solista e orquestra; 50 canções para voz e piano.
Sergei Rachmaninoff
Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do Século XX. Seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários, e suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de repertórios populares.
De fato, não apenas os trabalhos de Rachmaninoff tornaram-se parte do repertório padrão, mas sua popularidade tanto entre músicos quanto entre ouvintes vem, no mínimo, crescendo desde a segunda metade do Século XX, com algumas de suas sinfonias e trabalhos orquestrais, canções e músicas de coral sendo reconhecidas como obras-primas ao lado dos trabalhos para piano, mais populares.
Suas composições incluem, dentre várias outras: quatro concertos para piano; a famosa Rapsódia sobre um tema de Paganini; três sinfonias; duas sonatas para piano; três óperas; uma sinfonia para coral (The Bells, ou Os Sinos, baseado no poema de Edgar Allan Poe); vinte e quatro prelúdios (incluindo o famoso Prelúdio em Dó Sustenido Menor); dezessete études; muitas canções, sendo as mais famosas a V molchanyi nochi taynoi (No Silêncio da Noite), Lilacs e a sem-letra Vocalise; e o último de seus trabalhos, as Danças Sinfônicas. A maioria de suas peças é carregada de melancolia, um estilo romântico tardio lembrando Tchaikovsky, embora apareçam fortes influências de Chopin e Liszt.
Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do Século XX. Seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários, e suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de repertórios populares.
De fato, não apenas os trabalhos de Rachmaninoff tornaram-se parte do repertório padrão, mas sua popularidade tanto entre músicos quanto entre ouvintes vem, no mínimo, crescendo desde a segunda metade do Século XX, com algumas de suas sinfonias e trabalhos orquestrais, canções e músicas de coral sendo reconhecidas como obras-primas ao lado dos trabalhos para piano, mais populares.
Suas composições incluem, dentre várias outras: quatro concertos para piano; a famosa Rapsódia sobre um tema de Paganini; três sinfonias; duas sonatas para piano; três óperas; uma sinfonia para coral (The Bells, ou Os Sinos, baseado no poema de Edgar Allan Poe); vinte e quatro prelúdios (incluindo o famoso Prelúdio em Dó Sustenido Menor); dezessete études; muitas canções, sendo as mais famosas a V molchanyi nochi taynoi (No Silêncio da Noite), Lilacs e a sem-letra Vocalise; e o último de seus trabalhos, as Danças Sinfônicas. A maioria de suas peças é carregada de melancolia, um estilo romântico tardio lembrando Tchaikovsky, embora apareçam fortes influências de Chopin e Liszt.
Piotr Litch Tchaikovsky
Piotr Ilitch Tchaikovsky, foi um compositor romântico russo que compôs géneros como sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as mais populares do repertório erudito.
Este foi o primeiro compositor russo a conquistar fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos Estados Unidos e Europa. Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky - Korsakov, Balakirev e Borodin) composto por compositores nacionalistas russos, a sua música tornou-se conhecida e admirada pelo seu carácter distintamente russo, bem como pelas suas ricas harmonias e vivas melodias.
As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas que as de seus compatriotas, uma vez que utilizava elementos internacionais em simultâneo com melodias populares nacionalistas russas. Suas duas obras mais conhecidas são "O lago dos cisnes" e "O quebra nozes".
Piotr Ilitch Tchaikovsky, foi um compositor romântico russo que compôs géneros como sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as mais populares do repertório erudito.
Este foi o primeiro compositor russo a conquistar fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos Estados Unidos e Europa. Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky - Korsakov, Balakirev e Borodin) composto por compositores nacionalistas russos, a sua música tornou-se conhecida e admirada pelo seu carácter distintamente russo, bem como pelas suas ricas harmonias e vivas melodias.
As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas que as de seus compatriotas, uma vez que utilizava elementos internacionais em simultâneo com melodias populares nacionalistas russas. Suas duas obras mais conhecidas são "O lago dos cisnes" e "O quebra nozes".
Johann Sebastian Bach
Johann Sebastian Bach (1685-1750)foi um compositor, cravista, Kapellmeister, regente, organista, professor, violinista e violista oriundo do Sacro Império Romano-Germânico, atual Alemanha. Nascido numa família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantorda Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira.
Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco. Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou lendária, sendo considerado o maior virtuoso de sua geração e um especialista na construção de órgãos.
Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer.
Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero. Entre suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandemburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias de suas cantatas.
Johann Sebastian Bach (1685-1750)foi um compositor, cravista, Kapellmeister, regente, organista, professor, violinista e violista oriundo do Sacro Império Romano-Germânico, atual Alemanha. Nascido numa família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantorda Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira.
Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco. Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou lendária, sendo considerado o maior virtuoso de sua geração e um especialista na construção de órgãos.
Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer.
Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero. Entre suas peças mais conhecidas e importantes estão os Concertos de Brandemburgo, o Cravo Bem-Temperado, as Sonatas e Partitas para violino solo, a Missa em Si Menor, a Tocata e Fuga em Ré Menor, a Paixão segundo São Mateus, a Oferenda Musical, a Arte da Fuga e várias de suas cantatas.
Johannes Brahms
Muitos dizem que Johannes Brahms dominou, junto a Richard Wagner, a música clássica da segunda metade do século 19. Um dos maiores nomes da cultura alemã, o compositor dedicou-se a quase todos os gêneros --exceto ópera e balé-- por meio do que acreditava ser realmente uma música pura. Talvez por isso seja tão difícil compreendê-lo. O talento do menino era tanto que, com apenas dez anos, realizou o primeiro concerto público com composições de Mozart e Beethoven.
Em 1863, o compositor foi morar em Viena. É na capital austríaca que ele obtém sucesso e dedica-se exclusivamente à composição. O mérito de grande compositor chegou com a estréia do Réquiem alemão, em 1868. Graças a essa obra, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, principal centro artístico da cidade. Brahms ficou à frente da instituição por cerca de três anos (de 1872 a 1875).
Mesmo já consagrado como importante compositor, recebeu o título de "sucessor de Beethoven" com a sua primeira sinfonia, em 1876. Pouco antes de morrer, depois de terminar o Quinteto de cordas op. 111 decidiu parar de compor -- inclusive deixou um testamento preparado. No entanto, voltou rapidamente à rotina de músico e escreveu inúmeras obras de câmara para clarinete. Brahms dedicou grande parte de sua obra ao piano, principalmente na juventude e na velhice.
As obras juvenis, como as três sonatas (em Fá Sustenido Maior, Dó Maior e Fá Menor), são vigorosas e apaixonadas, superabundantes em termos temáticos. Música orquestral. Brahms levou relativamente um longo tempo para compor suas obras orquestrais: apenas na sua fase madura é que o gênero é explorado em peças de fôlego. Sua primeira obra-prima no campo é o majestoso Concerto para Piano n.º 1, que tem um caráter quase de sinfonia. As duas serenatas, opus 11 e 16, são bem mais leves e têm um sabor clássico.
Muitos dizem que Johannes Brahms dominou, junto a Richard Wagner, a música clássica da segunda metade do século 19. Um dos maiores nomes da cultura alemã, o compositor dedicou-se a quase todos os gêneros --exceto ópera e balé-- por meio do que acreditava ser realmente uma música pura. Talvez por isso seja tão difícil compreendê-lo. O talento do menino era tanto que, com apenas dez anos, realizou o primeiro concerto público com composições de Mozart e Beethoven.
Em 1863, o compositor foi morar em Viena. É na capital austríaca que ele obtém sucesso e dedica-se exclusivamente à composição. O mérito de grande compositor chegou com a estréia do Réquiem alemão, em 1868. Graças a essa obra, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, principal centro artístico da cidade. Brahms ficou à frente da instituição por cerca de três anos (de 1872 a 1875).
Mesmo já consagrado como importante compositor, recebeu o título de "sucessor de Beethoven" com a sua primeira sinfonia, em 1876. Pouco antes de morrer, depois de terminar o Quinteto de cordas op. 111 decidiu parar de compor -- inclusive deixou um testamento preparado. No entanto, voltou rapidamente à rotina de músico e escreveu inúmeras obras de câmara para clarinete. Brahms dedicou grande parte de sua obra ao piano, principalmente na juventude e na velhice.
As obras juvenis, como as três sonatas (em Fá Sustenido Maior, Dó Maior e Fá Menor), são vigorosas e apaixonadas, superabundantes em termos temáticos. Música orquestral. Brahms levou relativamente um longo tempo para compor suas obras orquestrais: apenas na sua fase madura é que o gênero é explorado em peças de fôlego. Sua primeira obra-prima no campo é o majestoso Concerto para Piano n.º 1, que tem um caráter quase de sinfonia. As duas serenatas, opus 11 e 16, são bem mais leves e têm um sabor clássico.
Richard Georg Straus
Richard Georg Straus (1864-1949) foi um compositor e maestro alemão. É considerado como um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX. É conhecido por suas óperas, sobretudo Der Rosenkavalier e Salomé por suas lieder, especialmente Quatro Últimas Canções (Vier letzte Lieder), por seus poemas sinfônicos, como Till Eulenspiegels lustige Streiche, Also sprach Zarathustra, Morte e Transfiguração (Tod und Verklärung).
Uma Sinfonia Alpina (Eine Alpensinfonie) e grandes obras orquestrais, como Metamorphosen, geralmente interpretada como uma meditação sobre a bestialidade da guerra - diante da Alemanha devastada pela guerra, da destruição de Munique e de lugares muito caros ao compositor, como a Ópera da sua cidade, onde ele atuara como principal maestro, entre 1894 e 1896. Straus se notabilizou como maestro na Alemanha e na Áustria. Com Gustav Mahler, é um dos principais representantes do Romantismo alemão tardio, depois de Richard Wagner.
Richard Georg Straus (1864-1949) foi um compositor e maestro alemão. É considerado como um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e a primeira metade do século XX. É conhecido por suas óperas, sobretudo Der Rosenkavalier e Salomé por suas lieder, especialmente Quatro Últimas Canções (Vier letzte Lieder), por seus poemas sinfônicos, como Till Eulenspiegels lustige Streiche, Also sprach Zarathustra, Morte e Transfiguração (Tod und Verklärung).
Uma Sinfonia Alpina (Eine Alpensinfonie) e grandes obras orquestrais, como Metamorphosen, geralmente interpretada como uma meditação sobre a bestialidade da guerra - diante da Alemanha devastada pela guerra, da destruição de Munique e de lugares muito caros ao compositor, como a Ópera da sua cidade, onde ele atuara como principal maestro, entre 1894 e 1896. Straus se notabilizou como maestro na Alemanha e na Áustria. Com Gustav Mahler, é um dos principais representantes do Romantismo alemão tardio, depois de Richard Wagner.
Ludwig Van Beethoven
Seu gênero era a transição do classicismo para o romantismo. A importância de Beethoven transcende em muito questões puramente estéticas ou técnicas referentes às composições. É no seio das relações do meio musical que o compositor crava sua mais definitiva contribuição. Foram nas primeiras décadas do século XIX. Como um profeta, estabelece novas leis que são o fundamento das práticas de funcionamento deste campo, tornando-se referência nas práticas sociais de seus integrantes. Como o sociólogo nos mostra, a invenção do artista moderno, aquele indiferente às objeções políticas e morais e que conhece como norma de conduta somente as leis internas do seu campo, encontrou na construção da personagem de Beethoven seu paradigma.
É profundamente difundida a imagem beethoveniana do artista independente, revolucionário, genial e intempestivo. Essa imagem surge como uma referência sagrada aos objetivos e comportamentos do músico no século XIX. Ser compositor é buscar agir artisticamente como Beethoven, ser um músico consagrado é autoproclamar-se seu herdeiro. Compositores de correntes tão opostas quanto Brahms ou Wagner duelarão pela legitimidade de sua obra tendo como argumento Beethoven e, mais importante: jogados à livre concorrência estabelecida num campo onde a luta pela legitimidade e reconhecimento é disputada pelos membros internos do campo com suas instituições consagradoras (salas de ópera e concerto, críticos musicais, estetas...), irão duelar por sua concepção do que é Beethoven e, por conta disto, o que é arte.
Esta luta por emancipar o artista de suas necessidades mundanas encontra em Beethoven um porta-voz. Se antes era natural o músico se submeter às práticas e necessidades mundanas, progressivamente vai se transformando num peso, numa mancha para a vida do artista. Basta lembrar como exemplo que o capítulo das memórias de Berlioz, no qual ele narra que em parte a necessidade financeira o levou à carreira jornalística, possui um título em tom trágico e lamentoso: "Fatalidade. Tornei-me crítico". Este foi o trunfo de Beethoven. Mesmo que outros compositores antes dele tivessem internamente a noção de sua própria "genialidade" e alimentassem internamente o desejo de um reconhecimento da sua arte enquanto arte e da sua importância social superior, nada puderam fazer em um mundo dominado por outras ideologias. Norbert Elias, em sua breve e inacabada biografia social de Mozart, mostra como essa questão foi o centro de sua tragédia pessoal.
Afinal, como lembra Bourdieu, "práticas regular e duradouramente isentas das sujeições indiretas dos poderes temporais são possíveis apenas se podem encontrar seu princípio não nas inclinações oscilantes do humor ou nas revoluções voluntárias da moralidade, mas na própria necessidade de um universo social que tem por lei fundamental a independência com relação aos poderes econômicos e políticos", somente se a lei específica que constitui a ordem artística "encontrar-se instituído a um só tempo nas estruturas objetivas de um universo socialmente regulado e nas estruturas mentais daqueles que o habitam" (1996, p. 78). Sem essa condição, Beethoven não atingiria o que atingiu.
Alimentando um campo em busca de uma profecia que o sustente e sendo alimentado por ele, Beethoven pôde assumir o papel central na cultura musical moderna. À parte as capacidades inerentes que possuía, foi necessário a construção ideológica da sua figura num momento crucial da cultura e da história social como um todo. A história da humanidade, felizmente, está cheia de grandes compositores. Alguns produziram muito, alguns nem tanto, mas todos enriqueceram nossas vidas com sua maravilhosa música. De Bach a Strauss, do piano ao violino, da ópera ao hino religioso – suas composições comoveram o mundo.
Seu gênero era a transição do classicismo para o romantismo. A importância de Beethoven transcende em muito questões puramente estéticas ou técnicas referentes às composições. É no seio das relações do meio musical que o compositor crava sua mais definitiva contribuição. Foram nas primeiras décadas do século XIX. Como um profeta, estabelece novas leis que são o fundamento das práticas de funcionamento deste campo, tornando-se referência nas práticas sociais de seus integrantes. Como o sociólogo nos mostra, a invenção do artista moderno, aquele indiferente às objeções políticas e morais e que conhece como norma de conduta somente as leis internas do seu campo, encontrou na construção da personagem de Beethoven seu paradigma.
É profundamente difundida a imagem beethoveniana do artista independente, revolucionário, genial e intempestivo. Essa imagem surge como uma referência sagrada aos objetivos e comportamentos do músico no século XIX. Ser compositor é buscar agir artisticamente como Beethoven, ser um músico consagrado é autoproclamar-se seu herdeiro. Compositores de correntes tão opostas quanto Brahms ou Wagner duelarão pela legitimidade de sua obra tendo como argumento Beethoven e, mais importante: jogados à livre concorrência estabelecida num campo onde a luta pela legitimidade e reconhecimento é disputada pelos membros internos do campo com suas instituições consagradoras (salas de ópera e concerto, críticos musicais, estetas...), irão duelar por sua concepção do que é Beethoven e, por conta disto, o que é arte.
Esta luta por emancipar o artista de suas necessidades mundanas encontra em Beethoven um porta-voz. Se antes era natural o músico se submeter às práticas e necessidades mundanas, progressivamente vai se transformando num peso, numa mancha para a vida do artista. Basta lembrar como exemplo que o capítulo das memórias de Berlioz, no qual ele narra que em parte a necessidade financeira o levou à carreira jornalística, possui um título em tom trágico e lamentoso: "Fatalidade. Tornei-me crítico". Este foi o trunfo de Beethoven. Mesmo que outros compositores antes dele tivessem internamente a noção de sua própria "genialidade" e alimentassem internamente o desejo de um reconhecimento da sua arte enquanto arte e da sua importância social superior, nada puderam fazer em um mundo dominado por outras ideologias. Norbert Elias, em sua breve e inacabada biografia social de Mozart, mostra como essa questão foi o centro de sua tragédia pessoal.
Afinal, como lembra Bourdieu, "práticas regular e duradouramente isentas das sujeições indiretas dos poderes temporais são possíveis apenas se podem encontrar seu princípio não nas inclinações oscilantes do humor ou nas revoluções voluntárias da moralidade, mas na própria necessidade de um universo social que tem por lei fundamental a independência com relação aos poderes econômicos e políticos", somente se a lei específica que constitui a ordem artística "encontrar-se instituído a um só tempo nas estruturas objetivas de um universo socialmente regulado e nas estruturas mentais daqueles que o habitam" (1996, p. 78). Sem essa condição, Beethoven não atingiria o que atingiu.
Alimentando um campo em busca de uma profecia que o sustente e sendo alimentado por ele, Beethoven pôde assumir o papel central na cultura musical moderna. À parte as capacidades inerentes que possuía, foi necessário a construção ideológica da sua figura num momento crucial da cultura e da história social como um todo. A história da humanidade, felizmente, está cheia de grandes compositores. Alguns produziram muito, alguns nem tanto, mas todos enriqueceram nossas vidas com sua maravilhosa música. De Bach a Strauss, do piano ao violino, da ópera ao hino religioso – suas composições comoveram o mundo.
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