sexta-feira, 12 de maio de 2017

RESENHA DO SHOW DO RICARDO CONFESSORI - 2017

Como boa apreciadora de rock n roll desde que me entendo por gente, sempre que posso procuro comparecer aos shows, nacionais principalmente, para prestigiar, me divertir encontrando amigos, bater um papo e claro ouvir boa música.

No dia 30 de abril de 2017 as 23:00 horas, no Manifesto Bar foi uma dessas noites memoráveis, véspera de feriado. Sai de casa muito ansiosa para ouvir a banda do Ricardo Confessori que iria tocar sucessos do Shaman e Angra bandas das quais ele já fez parte com participação do Rafael Bittencourt guitarrista do Angra e Edu Falaschi ex vocalista do Angra e atualmente no Almah.

A banda do Confessori já está atuando algum tempo tocando esses sucessos, mas eu até então, não tinha tido oportunidade de comparecer em nenhum show, então tudo seria novidade a formação da banda e atuação no palco.

A meia noite e meia a banda sobe ao palco sob uma música de introdução instrumental, e vão se posicionando a ansiedade aumenta, pois, alguns instantes antes do show tive acesso ao set list e enquanto a música tocava já estava com vontade de puxar o coro “começa”.


Estava ansiosa também para ouvir o vocalista da banda, pois cantar músicas gravadas por Andre Matos não é lá muito fácil, seja pelas notas agudas e super altas, ou pela própria performance dele em palco. Saindo do devaneio desse pensamento escuto os primeiros acordes de ‘Here I Am’ – “Ritual” (Shaman) rif marcante e esmagador da guitarra de Affonso Jr a batida cadenciada da bateria de Confessori, me transportou para a gravação deste DVD ao vivo do Shaman há 14 anos. Executada com perfeição, no baixo de Fabio Carito e Thiago Oliveira na guitarra a música é velocíssima, mas conta com partes de piano, voz e violino, que infelizmente não tínhamos todo esse cenário. E eis que ouço então as primeiras notas cantadas por Alax William que colocou toda sua própria performance na maneira de cantar não deixando nada a desejar, e que voz!


Logo em seguida, ainda admirada com a banda e pensando - ‘Nossa como eu pude vim perdendo estes shows? ’ começa a tocar ‘For Tomorrow’ - “Ritual” (Shaman) violãozinho juntamente com a flauta peruana (a flauta de pã ou flauta de pan é um instrumento musical, e o nome genérico dado a instrumentos musicais constituídos por um conjunto de tubos fechados numa extremidade, ligados uns aos outros em feixe ou lado a lado foram denominadas "pã" por associação ao deus grego ). Sempre que ouço essa introdução é muito difícil ficar parada, fiz um esforço sobre-humano para me concentrar apenas em assistir e fazer esta resenha.







Depois da entrada rasgada da guitarra do Affonso com as batidas da bateria e o restante da banda, em junção com a voz de Alax que a essa altura eu já estava encantada em vê-lo cantar, como se não precisasse fazer esforço, começam alguns 'bends' (é uma técnica utilizada na guitarra na qual levanta-se ou abaixa-se a corda do instrumento para chegar em outra nota) o maravilhoso refrão dessa canção leva a todos no Manifesto acompanhar a banda em coro.

A próxima música, é a que mais gosto do Shaman meu coração dispara quando escuto a introdução de “Time Will Come” - “Ritual” (Shaman) simplesmente perdi a noção e comecei a cantar junto com a banda, nesse momento percebo como o vocalista tem potencial, pois essa música exige muito de qualquer cantor é muito alta e cheia de técnicas, a batida da bateria está perfeita, depois da gravação do DVD do Shaman essa foi a segunda vez que vi o Confessori executa-la e juro, deu vontade de invadir o palco e agradecer o Manifesto inteiro cantando junto o refrão delicioso dessa música foi de emocionar qualquer um.






E quando penso que não podia melhorar... me engano ao ouvir ‘Fairy Tale’- “Ritual” (Shaman), surpreendida pela voz de Alax novamente queria subir ao palco agora, para agradecer á ele, a balada do ‘Ritual’ o canto gregoriano, a letra deslumbrante, o refrão, executada com magnitude a banda mostra total entrosamento descontração não parecem estar fazendo um show e sim tocando para amigos como se isso fosse muito fácil.

Quando começa a tocar ‘Blind Spell’ - “Ritual (Shaman), é que se entende a denominação de “metal melódico” pois a letra é puro amor eu chamo de a canção sertaneja do metal, eu particularmente trocaria fácil por ‘Distant Thunder’ -“Ritual” (Shaman), não desgosto é apenas a minha opinião pessoal, do set list que diga-se de passagem estava perfeito.

Chega então a vez de ‘Pride’ -“Ritual” (Shaman) canção essa que no DVD ao vivo Andre Matos canta ao lado de ninguém menos que Tobias Sammet (Avantasia/Edguy), muito bem lembrado por Alax antes de interpreta-la incendeia novamente o Manifesto o público delira e canta em plenos pulmões. ‘Inoccence’ – “Reason” (Shaman) chega para acalmar os ânimos é uma música para ser apreciada, é cantada divinamente o refrão mexe com as emoções, vejo muitos rostos olhando admirados para o palco enquanto a banda toca como se cada um tivesse divagando enquanto Alax canta, e como canta... canta muito, novamente surpreendida porque essa música tem um grau de dificuldade extra pois as notas vão crescendo e o tom subindo a cada estrofe, mas tudo sai em perfeita sintonia que é notável da banda, o entrosamento vejo como eles apenas se olham se divertem enquanto proporcionam um espetáculo, mesmo do palco fazem poses pra inúmeras fotos que a plateia não cansa de tirar, e filmar, rostos satisfeitos aprovação da plateia 100%. A banda então anuncia um intervalo e pede para o público aguardar que os convidados anunciados Edu e Rafael já estão presentes e todos reagem positivamente aplaudindo muito.






Durante o intervalo dei uma circulada pela casa e pude observar a enorme fila que se formava para tirar foto com Rafael Bittencourt, no stand montado para venda de produtos da sua loja (camisetas, revistas, cervejas, DVD’s, CD’s etc eram oferecidos), Edu Falaschi também tirava fotos ali perto, e os integrantes da banda do Confessori circulava atendendo a todos que os abordavam, todos sem exceção muitos simpáticos e atenciosos. 

Aproximadamente quarenta minutos de mais expectativas a banda retorna ao palco, e o vocalista anuncia Falaschi, que demora um pouco a chegar ao palco, assim que ele sobe é cumprimentado por todos, ovacionado pelo público, sorrindo como sempre, assume os vocais, esbanjando a velha simpatia de sempre, percebo que ele pede pra subir o som do microfone e começam a tocar ‘2 Minutes To Midnight’ – “ Powerslave” (Iron Maiden) e volta a incendiar a galera que canta junto.

Para mim a bateria é o coração da banda e estava com as batidas a todo vapor impecável a performance de Ricardo Confessori admirável vê-lo tocar com tanto vigor que saudades que eu estava e vê-lo mandar tão bem, me fez lembrar porque sou tão apaixonada pelo Shaman.

O solo de Affonso Jr na guitarra é de deixar o queixo cair, acompanhado de Thiago Oliveira na outra guitarra, e Fabio Carito no baixo, os agudos de Edu também não deixaram a desejar e daí se entende porque ele foi a escolha a substituir Andre Matos no Angra, ótima forma, fiquei curiosa para conferir o próximo show do Almah sua nova banda.






Bittencourt é anunciado e sobe ao palco aclamado prontamente pela plateia que ansiava vê-lo, após breves cumprimentos entre todos começam a tocar ‘Nova Era’ – “Rebirth” (Angra), sim com três guitarristas ao palco o público vai a loucura (saindo um pouco do script pois essa música nem estava no set list, mas quem achou ruim? Ninguém né, pode apostar não vi ninguém sem cantar junto com toda a banda, improvisos inesperados assim, são excelentes podem continuar, façam sempre, tocar algo que não está no set ou uma formação inesperada). A dupla Falaschi e Bittencourt juntamente com Confessori e sua banda erguem a galera o refrão virou uma só voz com todos cantando junto banda e plateia lindo se se ver.

Após muitos aplausos e agradecimentos à sua participação Edu Falaschi deixa o palco, mesmo com a galera pedindo bis e muitos outros sucessos do Angra.

Rafael se posiciona e para minha surpresa o set é invertido e começam a tocar ‘Intro – Nothing To Say’ – “Holy Land” (Angra) particularmente gosto muito dessa canção justamente pela energia que ela traz, a introdução de guitarra e bateria é um conjunto delicioso de se ouvir, as bangeadas da banda em conjunto ou separadamente faz o público bangear junto cantar pular é muito enérgica, o coro do refrão faz todos soltarem a voz.

Eis que a segunda música esperada (por mim) do set ‘Make Believe’ - “Holy Land” (Angra) se inicia a balada mais perfeita (aquela que você respeita pela grandiosidade da composição, arranjo, o melhor falsete de todas as musicas), hora de dar aquela acalmada no espirito, Bittencourt inicia tocando e cantando Alax retorna ao palco e também finaliza cantando, nesse momento eu que não sou muito fã de ver essa música cantada por outra pessoa que não seja o Andre, admito fiquei maravilhada com a performance, reconheço foi executada com maestria.






Bittencourt com sorriso nos lábios, também deixa o palco agradecendo a oportunidade de fazer parte da festa muito aplaudido pelo público feliz, em vê-lo em ação, a banda agradece sua participação assim como a de Falaschi e retomam o set com a linda “Silence And Distance’ -“Holy Land” (Angra) Tem o início lento apenas com um piano ao fundo, repentinamente ela ganha peso e um vocal mais agressivo que Alax faz com muito vigor levantando a galera mais uma vez.

E chega a vez da deliciosa ‘Lisbon’ – “Fireworks” (Angra) é uma música mais calma, a introdução com a batida da bateria é maravilhosa tendo em seu refrão um forte peso das guitarras, a mesma termina com um lindo solo de guitarra, todos erguem os braços a pedido da banda e batem palmas em conjunto.

Passando a bola pra ‘Angels Cry’ – “Angels Cry” (Angra), tem uma grande parte instrumental, muito boa por sinal, também traz uma obra de músicos eruditos, apesar da bateria ficar evidente nessa musica eu acho o começo dela meio chato começo agostar dela na segunda parte, mesmo com o peso inicial e marcante da guitarra não sou muito fã do início.

Então Ricardo Confessori nos presenteia com seu solo de quase cinco minutos dos deleitando com a batida forte, do coração da banda e ao termino arremessa suas baquetas para plateia que pula para pegar.






A banda aproveita para dar uma respirada e logo volta a se posicionar para o bis, e tocar ‘Intro - Carry On” -“Angels Cry” (Angra) a clássica e mais famosa canção, é quase impossível conhecer alguém que não conheça ou goste desta música. Após a introdução, a velocidade, melodia e empolgação invadem o ambiente.

Êxtase total e chega a hora da última música tocada ‘Turn Away’ - “Reason” (Shaman) a cação de riffs mais diretos afinação mais baixa (interpretada por Andre Matos) interpretação mais rasgada na voz de Alax soa agradabilíssima aos ouvidos. 

Assim se encerra o show a banda muito aplaudida pelo público que me pareceu bem satisfeito, pelos comentários que pude ouvir, enquanto circulava e cumprimentava alguns amigos, e a banda, pelo espetáculo, ate pedido de casamento rolo inusitado, importante que a noiva aceitou e divertiu a galera.

Fui tietar Ricardo Confessori e Rafael Bittencourt (Edu Falaschi eu já tinha tietado quando ele chegou ao Manifesto e fui bem recebida por ele) com muita simpatia posaram para fotos e receberam meus aplausos.






Apresentada ao vocalista Alax William conversamos muito sobre todo o show e tudo que rolou, saímos do Manifesto Bar quase oito horas da manhã, de tão bom que estava o papo (sei que foi só o primeiro de muitos), pude conhecer um pouco mais sobre sua trajetória e história de vida e carreira, fui apresentada também a sua esposa Viviane ao seu amigo Herbert e assim ficamos ali a perder a hora de ir embora com Lirian Beretta e Lênin Zanovelli que me fizeram companhia na hora do show só tenho a agradecer, e ao Dener Ariani que concede as fotos para essa resenha.

Agradeço a oportunidade de a cada show conhecer pessoas que fazem a diferença e acrescentam algo de especial a minha trajetória devida, me inspirando a escrever.

Ao Ricardo Confessori fica minha gratidão, admiração e aplausos pela formação e escolha dos músicos competentes que escolheu para montar esse time, fazendo um espetáculo para não ser esquecido, como essa noite memorável, irei com certeza em mais apresentações sempre que possível prestigiar.


Set List 
Here I Am 
For Tomorrow
Time Will Come
Fairy Tale
Blind Spell
Pride
Inoccence
2 Minutes To Midnight
Nova Era
Intro – Nothing To Say
Make Believe
Silence And Distance
Lisbon
Angels Cry
Intro - Carry On
Turn Away


Agradecimentos

Alax William obrigada pelo carinho que me recebeu e abriu um pouco da sua intimidade (Viu? Não judiei/bati em você na resenha).

Viviane Monteiro – vocalista da Murphy Monkeys (simplicidade e carisma maior não existe).

Herbert Loureiro (pelas hilárias historias).

Lênin, Lirian e Dener pela companhia.

Andre Souza (gerente do Manifesto Bar) pelo credenciamento e carinho de sempre.

Fotos: Dener Ariani





Um comentário:

  1. Agora que li novamente e com calma, parabéns Ju pela perfeição no que relatou, vivi tudo de novo e queremos mais noites assim e juntos!!! Bjs

    ResponderExcluir

Gostou do Blog? Comente aqui!