quinta-feira, 11 de maio de 2017

RESENHA DO SHOW DO VIPER E SKYSCRAPER VIPER DAY - 2017

Há três anos oficialmente, todo dia 08/04 é dia de que? 

“Viper Day”

Uma vez por ano nesta data fãs amigos e a banda comemoram o aniversário do seu primeiro show, em função do show nos anos 80 no Lira Paulistana. Porém, não se trata de um show, mas de uma festa na qual a banda convida os amigos que contribuíram de alguma forma com a banda, seja por influencias ex integrantes historias e etc. E o tema deste ano foi comemoração os 25 anos do disco ‘Evolution’.

Infelizmente é impossível reunir todos que já passaram pela banda, e lá se vão 32 anos de Viper. Foram mais de 20 músicos celebrando a obra prima chamada ‘Evolution’, eu mais uma vez estive por lá para prestigiar, comemorar, curtir e contar para vocês como foi o Viper Day 2017.

A abertura do espetáculo ficou a cargo da banda Skycraper banda paulistana de Power Metal bastante conhecida dos anos 90 e que há vinte anos andava afastada dos palcos.

Para conhecer a banda acesse: https://www.facebook.com/skyscraperbanda/?fref=ts #recomendo

Pontualmente a meia-noite, após introdução, Ivan Martins (vocal) (nota pessoal: diga-se de passagem, canta muito), Marcos “Naza” (guitarra) ex-Twilight e Flávio Souza Jr. (guitarra), Eduga Gioielli (baixo) e Fábio Elsas (bateria) ex-Henceforth (banda essa que já teve Dani Matos nos vocais, irmão de Andre Matos um dos fundadores e principais vocais ao lado de Pit Passarel no Viper), Wardeath e Firebox, iniciaram com a melódica "Happier Than I Am", "T.V.lization" (2003). O riff pesado e o andamento cadenciado inicial que vieram a seguir revelaram "Great Dead Singer". Abriram os trabalhos da noite com excelência, fez todo o Manifesto Bar cantar junto, seguiram tocando músicas próprias.


Esse 8 de abril de 2017 foi realmente especial, pois, assim como o Viper, foi nessa data que, coincidentemente, o Skyscraper também realizou o seu primeiro show, conforme contou Martins após a execução de "Vulture". Novo na banda, o vocalista brincou ao dizer que em 1990 ele nem era nascido. Após o cover do ‘Helloween’ – “A Little Time do “, foi a vez de outra nova, a contagiante "The Truth", que mostrou certa similaridade com o Queensrÿche. Ao final dessa Naza pediu a palavra e ressaltou que o Skyscraper estava comemorando vinte e sete anos de sua estreia em um palco.

Ele comentou que no primeiro show os irmãos Passarell estavam na plateia – no dia, Pit subiu para cantar "Prelude to Oblivion" (Viper) com o Skyscraper. Emocionado, o guitarrista também falou que o Viper sempre ajudou o Skyscraper e que novamente estava dando uma força, abrindo espaço para a sua banda fazer esse primeiro show da volta.


Após agradecer os atuais e os antigos membros do Viper e ouvir o público gritar o nome do Skyscraper, Naza informou que a próxima música do set, "Captain Frog", do EP "Live" (1994), foi feita em parceria com Val Santos, que passou diversas vezes pelo Viper, tocando vários instrumentos.

Felizes com o retorno os fãs cantavam cada música, mas todos vibraram mesmo, quando Martins revelou que a banda está gravando seu segundo álbum e que a próxima música a ser tocada, "From Above", era uma das novas. O que deu para perceber através dessa é que apesar do longo tempo que ficou parado o Skyscraper não se distanciou de suas raízes sonoras (o show estava excelente e eu que não conhecia a banda me tornava fã a cada canção).


Antes da última, Naza contou que na turnê de "Theatre of Fate" (1989) o Viper estava tocando uma música chamada "Crime" (que só foi gravada no EP "Vipera Sapiens", de 1993), que era o ponto alto do set. Como ele não podia gravá-la, já que ainda não existiam celulares no Brasil, voltou para casa cantando-a por todo o caminho para decora-la. Assim, plagiando intencionalmente o Viper, Naza compôs sua primeira música, "Hero", que foi gravada na primeira demo do Skyscraper, datada de 1990. E foi com ela que o grupo encerrou sua apresentação no "Viper Day", sendo bastante aplaudido, enquanto o tema da saga "Star Wars" rolava nas caixas de som.

O Skyscraper foi excelente escolha em função da sua qualidade e forte influência do Viper e com muita energia e disposição a banda deixa o palco e a ansiedade em todos que aguardavam para ver o Viper em ação, mais uma vez.

Você pode conferir um pouco da energia da Skyscraper e da festa neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=xaq8Rd9Mgxc


SKYSCRAPER – Setlist:
Happier Than I Am
Great Dead Singer
From Above
Vulture
Little Time
The Truth
Captain Frog
Hero

Dez minutos após o Skyscraper deixar o palco, no telão do Manifesto Bar começam projeções que a pedido do Viper em sua página oficial do Facebook, fãs, músicos e amigos da banda comentaram a importância de "Evolution" em suas vidas. O álbum foi gravado na Alemanha e teve lançamento mundial. Impulsionado pelos clipes das músicas "Evolution", "Rebel Maniac" e "Dead Light", que na época figuravam na programação da MTV brasileira, por shows de grande porte no Brasil, como o da abertura para o Metallica em 1993 e o da primeira edição do festival "Monsters Of Rock" em 1994, e por turnês realizadas na Europa e no Japão, “Evolution” acabou se tornando o álbum mais vendido do Viper até hoje.

O sucesso foi tanto que o show realizado em 18 de junho de 1993 no Club Cittá de Kawasaki foi registrado no disco "Live Maniacs In Japan". Com esse material o Viper entrou para a história por ter sido a primeira banda brasileira a gravar um disco ao vivo no Japão.

Após a exibição de inúmeros depoimentos de fãs e músicos, o radialista Beto Peninha (o lendário Capitão de Aço, que apresentava o programa Sessão Rocambole na famosa e extinta 97 FM, a primeira emissora de rádio paulista, mas que se autointitulada como sendo "a primeira rádio rock do país",) entra no palco e comenta que tocou a primeira demo da banda no rádio nos anos 80 e que muitos ouvintes ligaram perguntando se realmente era uma banda brasileira.


‘Sim... Era uma banda brasileira e de meninos de 14 a 18 anos! Mas o talento já estava lá. ’

A banda entrou tocando "Coming from the Inside", justamente a música que abre "Evolution". Da formação que o gravou, apenas Felipe Machado, que trajava uma regata com a imagem de uma das caveiras ciclistas da capa do disco, estava no palco, sendo acompanhado pelos integrantes atuais, Hugo Mariutti (guitarra) e Guilherme Martin (bateria), e também pelo baixista Roberto Gutierrez (Hollowmind) - que participou do seu álbum, "FM Solo" (2015) - e pelo tarimbado e talentoso vocalista Leandro Caçoilo (Hardshine, Seventh Seal, ex-Eterna e várias outras), que substituía Andre Matos (que infelizmente estava fora do país, não comparecendo ao Viper Day deste ano). O clima era de festa, tanto que Pit Passarell, que assumiu o vocal principal da banda no disco "Evolution", não aguentou esperar e antecipou sua entrada no decorrer da música de abertura, agitando e participando dos backing vocals. A partir daí ele ficou com o microfone em "Dance of Madness" e na própria "Evolution" e o devolveu para Caçoilo em de "The Shelter".






Nós sabemos perfeitamente que Pit Passarell é um dos melhores compositores do Brasil, e que escreveu a maioria das músicas do Viper e hits de várias outras bandas, como por exemplo, Capital Inicial (O Mundo, Depois da Meia Noite e várias outras). Pit é um gênio que sabe como poucos compor canções em vários estilos diferentes! Mas a dobradinha The Shelter, composta por Felipe Machado e Dead Light, composta por Yves Passarell, hoje no Capital Inicial, lembrou que Pit não era o único bom compositor da banda.

Como foi divulgado previamente, diversos músicos participariam do show do Viper. Porém, outro que não pôde estar presente foi o ex-guitarrista Yves Passarell, que estava tocando com o Capital Inicial em outra cidade. Mas ele deixou sua mensagem no vídeo mostrado antes do show. Dos que compareceram, os primeiros a serem chamados ao palco foram o irmão de Felipe, o baixista Nando Machado (ToyShop, Exhort), e o saudado baterista Renato Graccia, que fez sua estreia na banda em estúdio exatamente em "Evolution", ambos participaram em "Dead Light". Ao final dessa Graccia se despediu e passou o posto para Sérgio Facci (V Project, Volkana, Vulcano e Vodu), que sentou o braço em "To Live Again", do único álbum que gravou com o Viper, "Theatre of Fate" (1989). To Live Again, que contou com a performance inspirada de Leandro Caiçolo ele tem uma agressividade natural na voz, que em alguns momentos lembra Savatage, mas nessa música ele soou como uma mistura de André Matos com Bruce Dickinson uma interpretação realmente marcante.






Para cantar a balada "The Spreading Soul", Pit – que não tocou baixo no show - chamou ao palco a esposa de Martin, Natacha Cersosimo, a competente vocalista a vocalista do ToyShop e já cantou essa música em outros shows do Viper. A sua voz combina com a música e acaba trazendo um novo clima, afinal, a banda teve vários vocalistas, mas em nenhum dos seus CDs há uma voz feminina, e uma fã que gravou depoimento no vídeo. Na sequência, o Viper que era o homenageado da noite, resolveu também prestar homenagem a outras duas lendárias bandas nacionais: A Chave do Sol e Centúrias. Para a primeira contou com a presença do guitarrista Rubens Gioia em "Luz" e "Um Minuto Além" e para a segunda com o baterista Paulão Thomas (Kamboja, ex-Centúrias, Baranga, Firebox, Korzus, Proposital Noise, Cheap Tequila, Patrulha do Espaço, Harppia etc) em "Portas Negras". O também experiente André Gois do Vodu mandou bem cantando as duas últimas músicas mencionadas.

Além das histórias que iam sendo contadas pelos músicos, era legal observar no telão imagens de shows, de clipes e das capas dos álbuns do Viper e também das bandas de alguns dos convidados. Uma das músicas mais aguardadas era "Rebel Maniac" e foi com esse hit que Passarell, Machado, Mariutti, Gutierrez e Martin incendiaram o Manifesto Bar e encerraram a primeira parte do show, que foi dividido em duas partes.

Assim que todos deixaram o palco, o telão exibiu o vídeo ao vivo de "Living for the Night" cantada por Ricardo Bocci (Rei Lagarto), que gravou apenas o último álbum de estúdio do Viper, "All my Life", que em 2017 completa 10 anos de seu lançamento – ele também não esteve presente no evento.





 
E se o primeiro ato do show foi dedicado à "Evolution", o segundo foi para os demais álbuns da banda – exceto o próprio "All My Life". Assim sendo, vinte minutos depois o Viper retornou ao palco com Caçoilo novamente arrebentando, fazendo bonito nos vocais principais e Pit nos de apoio, e reiniciou o set com "Knights of Destruction", "Soldiers Of Sunrise" (1987). O grupo seguiu tocando diversos hinos de sua carreira e convidando outros músicos. Para "Nightmares", Felipe convocou um amigo de infância da banda, o ex-guitarrista do Chakal, Eduardo "Paulista" Simões, O guitarrista Marcos Klein, virtuose que hoje toca no Ultraje a Rigor, também tocaria nessa música, mas não pode comparecer por problemas familiares.

Já em "Wings of the Evil" foi a vez de Naza, entre várias que também foram tocadas estavam "Coma Rage" e "8 de Abril", dos controversos "Coma Rage" (1995) e "Tem para todo Mundo" (1996), respectivamente. Com imagens do Queen no telão tocando na primeira edição do "Rock In Rio" em 1985, o Viper mandou o cover de "We Will Rock You", que encerra "Evolution". A banda também tocou a minha preferida e imbatível "Living for the Night", que venceu a barreira do tempo, já que mesmo após várias décadas ainda é cantada em uníssono pelo público. Ao final dessa, houve uma tentativa frustrada de a banda tocar as não ensaiadas "Black Magic" (Slayer), "Wrathchild" (Iron Maiden) e "Master of Puppets" (Metallica). Mas os músicos conseguiram levar o hino da donzela de ferro, "The Number of the Beast" - que não estava programado - até o final, depois disso, encerraram a noite com "H.R.", de "Soldiers of Sunrise", com Val Santos assumindo a bateria no decorrer da música.







O Viper Day é uma data que já faz parte do calendário do Rock brasileiro já aguardo Viper Day de 2018. E assim anoite foi encerrada em clima de festa satisfação dever cumprido, os músicos atenderam os fãs após o show dando autógrafos fazendo poses para inúmeras fotos e vem novidade por ai segundo a gravadora Wikimetal anunciou, ainda para o primeiro semestre de 2017, o lançamento de uma edição remasterizada do álbum, contendo as demos da pré-produção, em que as versões de algumas das músicas são diferentes do que as que conhecemos no disco e para comemorar esse lançamento teremos tarde de autógrafos Viper na Woodstock Discos Sábado, 20 de maio às 12:00 Rua Doutor Falcão Filho,155 SP e estarei prestigiando meus amigos dessa tão banda querida.





VIPER – Setlist 1:
Coming from the Inside
Dance of Madness
Evolution
The Shelter
Dead Light
To Live Again
The Spreading Soul
Luz (Cover de A Chave do Sol)
Um Minuto Além (Cover de A Chave do Sol)
Portas Negras (Cover do Centúrias)
Rebel Maniac

Setlist 2:
Knights of Destruction
A Cry from the Edge
Nightmares
Wings of the Evil
Coma Rage
8 de Abril
Prelude to Oblivion
We Will Rock You (Cover do Queen)
Living for the Night
The Number of the Beast (Cover do Iron Maiden)
H.R.



Agradecimentos:
Andre Souza Gerente do Manifesto Bar – Rua Iguatemi, 36C – Itaim – São Paulo, SP
Mais informações: manifestobar.com.br (pelo credenciamento, carinho e apoio).
Artur Diniz – Fotografou o evento para esta resenha.

2 comentários:

Gostou do Blog? Comente aqui!