quinta-feira, 11 de maio de 2017

RESENHA DO SHOW DO VIPER, FM SOLO E TOYSHOP VIPERDAY - 2016

"Viper Day"

19:00 horas minha chegada no Ozzy Stage Bar (http://ozzystagebar.com.br), onde daqui a pouco irá acontecer a festa em comemoração aos 31 anos de carreira de uns dos meus vocalistas preferidos... Andre Matos juntamente com a primeira banda que ele ajudou a formar... o Viper.

Uma noite extremamente quente deliciosa, rua cheia, diversas baladas (para todos os públicos) e barzinhos até mesmo uma faculdade na mesma rua do bar, ando do metrô Marechal Deodoro até lá uns 10 minutos, e a na portaria encontro algumas pessoas já aguardando em fila para a festa de logo mais, alguns dos profissionais que ali trabalham também já estão do lado de fora verificando a organização.

Entrei no bar que ainda não conhecia e já no corredor de entrada sinto a energia positiva que emana ali, fui muito bem recepcionada pelos proprietários do bar, os quais concederam minha credencial para fazer a cobertura deste evento, e também pela moça responsável pela distribuição das comandas e cadastro do público, nos apresentamos e conversamos bastante de como faço as resenhas, onde publico, etc, me deixaram a vontade para a circular pelo bar conhecer sem restrições.

O Ozzy Stage Bar

Ouço música vozes risos diante de mim uma porta, abri e no palco estava alguns integrantes do Viper (Guilherme Martin e Felipe Machado) fazendo passagem de som juntamente com membros das outras bandas que iriam participar logo mais do evento, e em seguida chega Pit Passarell. Vou até lá, cumprimento a todos com acenos e sorrisos, e fico na minha andando pelo bar para conhecer.

Começo pelo banheiro, que apesar de pequeno estava extremamente limpo (e incrível para uma balada passou a noite inteira assim), volto para a pista e vejo que o local consiste em um bar com balcão bem longo em madeira rústica e muito bem equipado com cadeiras altas na frente, espelhos estratégicos na parede de tijolos ao fundo, dando a sensação de profundidade, ao lado direito (para quem está de frente) um banheiro para portadores de necessidades especiais, ao lado esquerdo, uma espécie de mostruário em formato de armário antigo somente como exposição do Whiskey Jack Daniel's (vários deles em várias versões e ano de lançamento), com uma escada lateral para dar passagem ao andar de cima um mezanino charmoso, que possui uma mesa de sinuca com vista para o palco.

As colunas de aço e paredes de tijolo aparente lembram a São Paulo industrial da década de 20, que tomava conta do bairro da Barra Funda, instalado no antigo Club CB Bar e Kia Ora Pub, queposso dizer com certeza é um Pub muito charmoso, as paredes atrás do palco e seguindo até a porta dos sanitários e saída é toda em madeira rústica, porém, decorativa, com uma enorme foto de ninguém menos que Angus Young, e alguns instrumentos musicais, como guitarra, violão, etc.

No fundo do palco vi um enorme telão, que antes de começar a comemoração passaram vários clássicos do Metal, e durante o show ficou com símbolo do Viper o tempo todo, na lateral dessa parede em madeira ficam as mesinhas com sofás fixos e cadeiras móveis com estofados em vermelho dando um ar Vintage, as mesas são grandes cabem cinco ou mais pessoas, vão por toda lateral do palco até o banheiro deixando à frente livre um grande espaço para fazer de pista para quem gosta de ver o show em pé ou dançar.

O palco é baixo, o que achei excelente, pois, podemos acompanhar o show de perto e ver a centímetros de nós os artistas, dá uma sensação de intimidade ficar tão pertinho, não fica impessoal, como a maioria de shows onde ficamos bem separados por correntes ou seguranças de cara feia (nesse quesito nota 11 para o Ozzy Stage Bar).

Duas portas gigantes separam este ambiente da entrada principal, que consiste num corredor comprido e largo, com mais algumas mesas e cadeiras o balcão principal, onde se faz a comanda para entrar, e atrás desse balcão, um portão de acesso ao camarim com uma escada, que é bem espaçoso para os artistas e seus convidados - caso hajam - é quase do tamanho geral de toda parte de baixo da casa com dois banheiros e estava municiado de comes e bebes, enfim, uma mesa farta.

O espaço para fumantes não foi deixado de lado, mas, é do lado de fora - separado da fila de quem chega - com um cercado e o interessante tem uma TV neste espaço com a programação do bar (interessante).

A casa ainda possui sistema de ar condicionado ideal para esta noite quente como estava, e WiFi grátis para os clientes, que basta um cadastro simples de menos de cinco minutos, o charme do cardápio é um diferencial, além das bebidas já comuns, existem as próprias da casa, que são feitas com muito estilo e bom gosto, além das comidinhas com nome de cantores do Rock, Blues, etc, os 'Burgers', por exemplo: os nomes dos quatro Beatles, temos os grandes Mick Jagger, Janis Joplin, Robert Plant (que aliás recomendo) Jimmi Hendrix, B.B. King, e Keith Moon dando nomes a algumas delicias saborosas.

Já na passagem de som ( a casa conta com DJ ) verifiquei a qualidade acústica nada estridente ou que ferisse os ouvidos, ou seja, alto na medida, agradável, pronto! Casa verificada, público já formando fila na porta, só falta abrir as portas e começar!

FM Solo

A banda que abre as comemorações da noite é a FM Solo (http://www.felipemachado.art.br/fmsolo) com Felipe Machado subindo no palco e antes de começar o show, ele lembra de alguns ex-integrantes que passaram pelo Viper e que estão presentes na festa, relembra alguns momentos inesquecíveis, explica um pouco sobre o Viper Day (que acontece todo 8 de abril), como será a noite de comemoração falando do roteiro e da programação para então nos presentear com um vídeo do Yves Passarell, que como todos sabem atualmente faz parte do Capital Inicial e não pode comparecer a comemoração devido agenda.

Depois de viajar o mundo como guitarrista do Viper, Felipe Machado lança FM Solo, seu primeiro trabalho como vocalista e compositor. O álbum foi gravado entre 2014 e 2015 no Clockwork Studios em São Paulo.

O line up da banda conta com Felipe Machado nos vocais e guitarra (ele também é guitarrista e co-fundador do Viper, além de jornalista e escritor), Val Santos na guitarra (também já tocou no Viper, primeiro como baterista, em 1988. Nos anos 1990 passou a tocar guitarra e fundou o Toyshop em 2007), Guilherme Martin na bateria (Guillas ou Martin como é chamado pelos amigos).

Guilherme Martin foi convidado para entrar para o Viper em 1989, tornando-se um dos integrantes da considerada formação clássica da banda e está até hoje, tocou em palcos por todo o Brasil na lendária turnê do álbum Theatre Of Fate entre 1990 e 1991. Alguns anos depois, deixou o Viper para formar o Party Up, banda de Pop-Punk Rock que fez parte do cast da Banguela Records, O Party Up mudou de nome e virou o Toyshop.

Em 2012 foi o responsável pela organização da volta do Viper aos palcos com sua formação clássica em uma turnê que teve repercussão mundial e passou por quase todos os estados do país, além de ter agendadas apresentações na Argentina, shows de abertura da turnê do KISS no Brasil (relembre como foram em São Paulo neste link e no Rio de Janeiro clicando aqui) e um show histórico no Rock in Rio de 2013.

A turnê deu origem ao cd Viper Live In São Paulo, com Rob Gutierrez no baixo (atualmente, em paralelo ao Hollowmind, também toca baixo no projeto solo de seu amigo Felipe Machado de quem ele é fã declarado desde os primórdios do Viper). Alegraram o público cantando “Perfect One”, “So Much To Lose”, e “Unnatural Feelings”, que a esta altura já lotava a casa aguardando ansiosos a grande atração.








Toyshop

Porém, no palco é a vez da Toyshop (https://www.facebook.com/bandatoyshop/?fref=ts), banda paulistana de Rock Alternativo formada em 1993, por Val Santos (ex Viper), Gabriel Weinberg (NLO) e Guilherme Martin (Viper) originalmente chamada Party Up. A maioria das músicas compostas eram perfeitas para um vocal feminino num estilo Bubble-Gum Punk Rock, então a vocalista Natacha Cersosimo, assume os vocais.

Sobem ao palco Nando Machado no baixo, Paulo Senoni na guitarra (como convidados da Toyshop, que não estava com sua formação original), Natacha Cersosimo nos vocais (vale lembrar ou avisar para quem não sabe a linda vocalista é namorada do Martin), Val Santos na guitarra e Guilherme Martin na bateria em seus lugares.

Eles embalam os fãs tocando “Running Out”, “Tomorrow”, “Nothing I Can Do” e “Let’s Go Dance”. Empolgante ver a reação do público, a troca de energia todo mundo cantando e dançando junto, a banda definitivamente levanta a galera.

O baixista e vocalista Pit Passarell sobe ao palco sempre muito divertido e animado manda o refrão de USA For África - We Are The World à capela, enquanto a galera se organiza, fazendo a passagem dos instrumentos para apresentação, porém, todos acabam entrando na brincadeira e fazendo o coro. Ele inclusive faz também um breve discurso da importância da data: a comemoração de 30 anos de uma certa banda, a amizade e cumplicidade entre eles.

No palco permanecem Guillas na bateria, Diego Bortot (Damata Rock) na guitarra, Rob Gutierrez assume o baixo e Pit Passarell, os vocais atacando de guitarrista, e dão início a Veloset, e em seguida, Algum Dia e Revolução na Cidade (três canções cantadas em português) e mantém a empolgação do público.

Hugo Mariutti sobe ao palco, Rob Gutierrez permanece no baixo, Guilherme Martin vai para a bateria e Felipe Machado assume a guitarra, já os vocais ficam por conta deHugo Mariutti e assim, eles mandam There Is A Light That Never Goes Out do The Smiths, numa versão cover menos depressiva e bem alegre (sim... isso foi possível), Pit Passarell volta a assumir os vocais para Oito de Abril, Renato Graccia (compositor e baterista, que já fez parte do Viper) sobe ao palco para fazer o backing vocal, juntos levando o público cantar o animado refrão.







Viper

Cássio Audi (primeiro baterista do Viper) é convidado a se dirigir ao palco e assume a bateria, estando Hugo Mariutti na guitarra, Pit Passarell no baixo, Felipe Machado na guitarra e enfim, Andre Matos chega para abrilhantar a noite e mandar a Soldiers Of Sunrise (título do álbum de 1987), fazendo a galera delirar e esquentar o ambiente, que a essa altura já fervia e no solo de batidas marcantes e guitarras estridentes, não ficou por menos, a reação do público não deixou a desejar, a alegria dos integrantes é evidente e contagiante e emendam Signs Of The Night (outra do Soldiers Of Sunrise), cujos agudos não faltaram, nem as famosas 'bangueadas' de cabelo, poses, caras e bocas de Andre Matos, nem mesmo um pequeno incidente com ele enrolando os cabos no microfone e quase caindo, fazendo o microfone soltar da base e ficando só com a parte de cima, sem sair o som, nada disso tirou o brilho da apresentação, afinal, foram uns segundos que nada interferiram na performance.




Renato Graccia assume a bateria substituindo Cássio Audi, para execução de Dead Ligth (essa do Evolution de 1992), que foi emocionante, Andre Matos passa microfone a Ricardo Bocci (ex-aluno seu de canto e ex-vocalista do Viper) e Guilherme Martin volta a bateria para a Wings Of The Evil (também do Soldiers Of Sunrise). Nesta, Andre Matos e Ricardo Bocci dividem os vocais e foi simplesmente lindo de se ouvir o casamento das vozes. Ricardo Bocci se emociona agradece a oportunidade de voltar ao palco em companhia dos amigos.

Em momentos de descontração e também para a banda dar uma respirada, confraternizar entre si e interagir com o público Pit Passarell sugere a Breaking The Law do Judas Priest sendo prontamente por Andre Matos - para minha alegria e de todos ali, que foram ao delírio com aqueles gritos agudos impecáveis do refrão e muitas 'bangueadas' extras da sua cabelereira. Depois, Val Santos volta ao palco e podemos ouvir claramente o som de uma guitarra extra. A brincadeira acaba e voltam ao set com músicas do Viper e executam Knights Of Destruction (do Soldiers Of Sunrise), mas, dessa vez somente a banda está no palco, sem os convidados.




To Live Again do Theatre Of Fate (de 1989) é a próxima, e então, a clássica deste álbum esperada pela maioria ( me incluindo ) Living For The Night, o coro de abertura juntamente com todos ali presentes levam Andre Matos dar um lindo sorriso de contentamento e agradecimento, pois, é nítida a alegria estampada em seu rosto.

Ricardo Bocci sobe ao palco para mais uma vez dividir os vocais e Natacha Cersosimo também trazendo charme a apresentação com sua doce voz, quando saio do devaneio que essa música me transporta e reparo que Val Santos está de volta ao palco juntamente com ele o Rob Gutierrez, sendo que Val Santos apresenta a banda ao público, enquanto a melodia é executada pela banda, Nando Machado também está de volta carregando Pit Passarell nas costas.

O palco está tomado por todos que fizeram essa noite ser tão inesquecível, fazendo uma grande farra comemorando acima de tudo a amizade e parceria ente eles, a música volta a ser executada e é finalizada cantada por todos que estão no palco ou fora dele num grande coro, sinto que o show ou melhor a festa de comemoração está chegando afim.





Então Pit Passarell assume os vocais em Rebel Maniac (do Evolution) dividindo o microfone com Andre Matos, Rob Gutierrez permanece no baixo, Val Santos retorna e também faz coro assumindo um microfone, Nando Machado é chamado e assume o baixo, Andre Matos vai parar na guitarra, Hugo Mariutti, Rob Gutierrez e Val Santos vão aos vocais para finalizarem o show com H.R. (do Soldiers Of Sunrise). O palco está tomado por todos que fizeram deste evento único memorável, ao finalizar a música Felipe Machado agradece convidando já para o próximo #viperday, Pit Passarell convida alguns fãs para subirem no palco representando a galera presente e faz um agradecimento geral pela presença dos fãs, que diga-se de passagem lotaram o Ozzy Stage Bar.

Ele declara seu amor ao público e a banda e pelo que faz, e assim, a noite se encerra, não vou dizer com um show e sim com espetáculo de simpatia alegria e amor pelo que o Viper de modo geral faz. É nítido o entrosamento da banda, contagiante e sempre faço questão de ressaltar... o quanto sou bem recebida e tratada por todos os integrantes. Ao final do show fui ao camarim cumprimentá-los e agradecer a grandiosa noite.





Deixo aqui ressalvado meus agradecimentos especiais aos donos do Ozzy Stage Bar Maira e André... sem vocês essa matéria não seria possível, obrigada pelo credenciamento, a todos que trabalham na casa, pela simpatia e educação com a qual fui tratada, a humildade de todos e o carinho de como fui recebida, certamente, é um lugar que voltarei e recomendo para quem não conhece ir até lá conferir, vale muito apena, eu virei fã, aos Integrantes do Viper (Andre, Hugo, Pit, Felipe e Guilherme), ao Toyshop, (na pessoa da Natacha Cersosimo, que me passou pessoalmente o set list da banda e à Val Santos), ao FM Solo (especificamente Rob Gutierrez), e ao Diogo Bortot, e consequentemente, para as pessoas que estão sempre por perto proporcionando uma noite agradável, divertida, alegre, animada e inesquecível: Mara Marly,Marina Leite, Alessandra Martins, Priscila Queiroz, Yves Taba, e claro, não podia deixar de agradecer Fernando R. R. Júnior, por mais uma vez me conceder espaço para a publicação desta matéria.













Set List do Viper
1 - Soldiers Of Sunrise
2 - Signs Of The Night
3 - Dead Light
4 - Wings Of The Evil
5 - Breaking The Law
6 - Knights Of Destruction
7 - To Live Again
8 - Living For The Night
9 - Rebel Maniac
10 - H.R.



Agradecimentos à Mayra e André do Ozzy Stage Bar
pela atenção e credenciamento

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